No primeiro trimestre de 2025, o governo brasileiro enfrentou um gasto significativo com benefícios previdenciários e assistenciais, totalizando R$ 457,799 milhões. Dos recursos gastos, R$ 306,888 milhões foram destinados à remuneração de pessoal e, adicionalmente, R$ 297,707 milhões foram comprometidos com juros. Essa situação financeira gerou um total de despesas que chegou a R$ 1,3 bilhão, configurando uma necessidade líquida de financiamento do governo geral – que inclui Estados e Municípios – equivalente a 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB). Este número demonstra uma leve redução em relação aos 1,80% registrados no mesmo período do ano anterior.
Desempenho Econômico e Receitas
Segundo dados do Tesouro Nacional, o aumento substancial e nominal de 10,2% na receita gerou um montante de R$ 1,2 bilhão. Por outro lado, as despesas também apresentaram um crescimento de 9,9%, atingindo o mesmo montante de R$ 1,3 bilhão em comparação com o primeiro trimestre de 2024. Essa melhora nas receitas foi atribuída ao crescimento de arrecadação de outras receitas e ao aumento de arrecadação de juros, que foram impactados pela elevação da taxa básica de juros no período.
Aspectos das Despesas
A despesa total do governo geral aumentou para 43,56% do PIB, seguindo uma tendência de crescimento em comparação aos 43,49% do PIB no acumulado do ano anterior. É importante observar que os gastos com juros foram um dos principais fatores que contribuíram para esse aumento, apresentando elevação de 1,29 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado.
Avaliação da Arrecadação
Nos primeiros meses de 2025, o Imposto sobre Renda, Lucros e Ganhos de Capital (IRPF) arrecadou R$ 315,671 milhões, enquanto a arrecadação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) alcançou R$ 417,423 milhões. Essa arrecadação de impostos, no total, aumentou em 9,18% comparado ao primeiro trimestre de 2024, refletindo uma performance robusta da economia.
Gastos com Benefícios Previdenciários
Em relação aos benefícios previdenciários e assistenciais, houve uma redução de 0,87 ponto percentual do PIB neste período, devido ao que o Tesouro descreveu como efeito denominador relacionado à expansão do PIB. Em termos nominais, esses gastos cresceram 3,74%, indicando uma complexa relação entre aumento na demanda e a estabilidade econômica.
Investimento do Governo
O resultado do investimento líquido para o governo central apresentou um valor negativo de -0,22% do PIB, enquanto os governos estaduais apresentaram -0,05% do PIB. Em contrapartida, os governos municipais conseguiram um resultado positivo de 0,08% do PIB, o que sugere diferença significativa entre os níveis de governo quanto ao gerenciamento financeiro e ao investimento.
Os dados apresentados são oriundos do Boletim de Estatísticas Fiscais do Governo Geral, divulgado pelo Tesouro Nacional no dia 10 de julho de 2025. É essencial, à luz dessas informações, considerar as implicações para a política fiscal e os ajustes que podem ser necessários para enfrentar os desafios financeiros decorrentes da crescente necessidade de financiamento governamental.
Encaminhando-se para o futuro, os gestores públicos e especialistas em finanças devem estar atentos às variações no contexto econômico, a fim de garantir sustentabilidade fiscal e um equilíbrio saudável entre despesas e receitas.
