Brasil, 11 de julho de 2025
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Gasolina mais cara no DF: Procon multará postos em até R$ 55 mil

Procon do DF identificou aumento abusivo nos preços da gasolina, enquanto governo cobra fiscalização rigorosa.

No último mês, os empresários de postos de gasolina do Distrito Federal se depararam com uma situação delicada. Após uma fiscalização do Procon, que identificou aumento injustificável nos preços do combustível, o órgão determinou que os donos destes estabelecimentos têm um prazo de dez dias para justificar a remarcação dos valores. As multas podem chegar até R$ 55 mil, em caso de irregularidades comprovadas.

Fiscalização revela aumentos abusivos

A fiscalização, realizada entre 3 e 10 de julho, abrangeu 81 postos de combustível no DF. Deste total, 56 apresentaram valores considerados “não justificáveis” pela equipe do Procon. O diretor do órgão, Marcelo Nascimento, relatou que, enquanto a Petrobras anunciou uma redução de R$ 0,17 por litro, muitos estabelecimentos optaram por elevar o preço, chegando a R$ 6,89 por litro de gasolina em alguns casos.

Do total de postos vistoriados, 28 não haviam reajustado seus preços, enquanto 56 mostraram um aumento expressivo de quase R$ 0,50, quando as notas fiscais indicavam uma flutuação de apenas R$ 0,02 a R$ 0,05. Essa discrepância levantou preocupações entre as autoridades e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, pediu apurações rigorosas.

Reação do governo e empresários

A indignação chegou ao Palácio do Planalto, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou sua preocupação sobre a situação em Brasília. “É preciso levar em conta que nem quando a Petrobras baixa o preço do combustível, muitos postos não reduzem”, disse Lula, destacando a necessidade de fiscalização mais incisiva para proteger os consumidores. O ministro Silveira reforçou que “não aceitaremos distorções injustificadas que penalizam o povo brasileiro”.

Orientação ao setor

Em resposta à fiscalização, o sindicato dos donos de postos afirmou estar orientando os empresários a apresentarem informações e documentações que justifiquem os preços cobrados. O sindicato aponta que, muitas vezes, aumentos anteriores ficam “represados” e são repassados ao consumidor em um único aumento, o que pode gerar desconfiança quanto à transparência dos preços.

Próximos passos e expectativa

Com o prazo de dez dias para a apresentação das justificativas, o Procon espera que a maioria dos empresários consiga comprovar a legalidade dos preços. Caso contrário, a multa poderá ser aplicada, e a população poderá recorrer a instâncias superiores caso sinta a necessidade de se proteger de aumentos exorbitantes e não justificados. O governo federal está em alerta e se comprometeu a acompanhar a situação de perto, colaborando com órgãos como a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A situação nos postos de gasolina do DF reflete um problema que preocupa não só os consumidores, mas também as autoridades. A expectativa é de que a fiscalização severa ajude a restaurar a confiança dos brasileiros no mercado de combustíveis e evite prejuízos diretos ao bolso da população.

Continuaremos acompanhando a evolução dos fatos à medida que novas informações surgirem em relação às justificativas apresentadas pelos postos e às medidas que o governo irá tomar para garantir um mercado mais justo e equilibrado.

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