Brasil, 10 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Flávio Bolsonaro critica Lula após tarifas de Trump sobre produtos brasileiros

Na noite desta quarta-feira (9/7), o senador Flávio Bolsonaro (PL) usou sua conta no X para criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, parabenizando-o pelo recente anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impôs uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Para Flávio, essa decisão é uma demonstração do que ele chama de “vexame” da política internacional brasileira sob a gestão petista.

A crítica de Flávio Bolsonaro ao governo Lula

No texto publicado, Flávio Bolsonaro acusou Lula de “ferrar o Brasil” e fez referência a ações que, segundo ele, provocaram a maior economia do mundo, resultando em medidas prejudiciais ao comércio brasileiro. “Você está com raiva dos brasileiros? Seu anti-patriotismo não tem limites. Após tantas provocações à maior democracia do mundo, está aí o resultado do vexame da sua política internacional ideologizada”, escreveu, referindo-se ao governo Bolsonaro.

Além disso, o senador comparou a tarifa imposta pelos EUA à política fiscal do governo Lula, afirmando que “seu governo é baseado em aumentos insaciáveis de impostos”, o que estaria desgastando a paciência dos trabalhadores brasileiros. Flávio argumenta que tanto as tarifas americanas quanto os altos impostos internos são responsáveis pela pressão econômica que a população enfrenta.

A resposta de Lula e a tensão bilateral

Em resposta às críticas e à imposição das tarifas, o presidente Lula disse que a decisão de Trump era infundada e se comprometeu a responder à medida por meio da Lei da Reciprocidade. O chefe do executivo brasileiro argumenta que a taxa de 50% não tem justificativa lógica e afirma que não trabalhará para que o Brasil se curve aos interesses econômicos americanos sem uma negociação justa.

Repercussão entre setores da economia

A imposição das tarifas de Trump não só gerou uma onda de críticas do clã Bolsonaro, mas também provocou reações diversas entre setores da economia brasileira. O agronegócio, que historically tem relações estreitas com o mercado americano, expressou preocupação com os potenciais impactos da tarifação sobre a competitividade das exportações brasileiras e a economia nacional como um todo.

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) destacou que as novas tarifas poderiam elevar os custos dos insumos importados e afetar a competitividade das cadeias produtivas locais. Joaquim Passarinho, presidente da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), também manifestou sua insatisfação, descrevendo a decisão de Trump como exagero e lamentando os impactos negativos que pode trazer para ambos os países.

Reação de órgãos representativos da indústria

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil) também se manifestaram contra as tarifas, ressaltando que a decisão de Trump pode causar sérios danos às relações comerciais e, consequentemente, à economia brasileira. A CNI solicitou um fortalecimento nas negociações com o governo americano para minimizar os reflexos dessa medida.

Eduardo Bolsonaro e suas alegações

Por outro lado, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente nos Estados Unidos, apontou que a tarifação é resultado do que classifica como “abusos” promovidos pelo ministro Alexandre de Moraes e do governo Lula. Eduardo reconheceu estar envolvido em articulações com autoridades do governo americano, numa tentativa de mostrar a realidade atual do Brasil sob o novo governo.

Em nota, ele argumentou que a carta de Trump confirma a “transmissão da realidade” do Brasil, insinuando que os problemas enfrentados são fruto do atual governo que se afastou dos Estados Unidos.

Este clima de tensão entre Brasil e Estados Unidos destaca os desafios que o governo Lula deverá enfrentar no âmbito internacional e a importância de estratégias diplomáticas para administrar as relações comerciais e políticas entre ambos os países. À medida que a data de implementação das novas tarifas se aproxima, setores da sociedade civil e da economia observam atentamente o desenrolar da situação.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes