A autorização para retirada do saldo do FGTS por trabalhadores demitidos, no âmbito do saque-aniversário, beneficiou 10,8 milhões de trabalhadores e movimentou R$ 11,3 bilhões, conforme balanço divulgado pela Caixa Econômica Federal. A medida, que teve validade até o fim de junho, impactou positivamente a economia do país e foi alvo de debates políticos e econômicos.
Saque do FGTS beneficiou milhões de trabalhadores
O saldo do FGTS foi liberado para trabalhadores demitidos entre janeiro de 2020 e fevereiro de 2025. A medida provisória (MP 1.290), editada em 28 de fevereiro de 2025, permitiu que esses trabalhadores sacassem seus recursos, que ficaram retidos na conta do Fundo por até dois anos após a demissão. Segundo dados da Caixa, cerca de R$ 11,3 bilhões foram efetivamente sacados por 10,8 milhões de beneficiados.
Antes da decisão, a expectativa era beneficiar 12,6 milhões de trabalhadores, com uma liberação de R$ 12,4 bilhões, de acordo com o balanço da Caixa. A medida buscava equilibrar o estímulo à economia e a sustentabilidade das contas do FGTS, evitando uma saída excessiva de recursos.
Impacto na economia e perfil dos beneficiados
De acordo com a Caixa, a maior parte dos recursos — aproximadamente 86% — foi depositada automaticamente na conta bancária previamente cadastrada pelo trabalhador pelo aplicativo FGTS. A iniciativa contribuiu para a circulação de R$ 11,3 bilhões na economia, representando um impulso para diversos setores produtivos, especialmente o da construção civil.
O governo optou por deixar a medida perder a validade, com o objetivo de evitar novas possibilidades de saque que poderiam comprometer a saúde financeira do Fundo. A medida foi parte de uma estratégia de ajuste econômico durante um momento de incertezas no cenário nacional e internacional.
Repercussões e avaliações
O movimento de saque foi bem recebido por muitos trabalhadores, mas gerou debates no setor político e econômico. O Nobel de Economia Paul Krugman afirmou que alegações usadas por Trump para impor tarifas ao Brasil “não têm justificativa econômica legítima”. Por outro lado, preocupações sobre tarifas de 50% por parte do setor produtivo também foram manifestadas, especialmente em relação às relações comerciais internacionais.
Segundo fontes oficiais, o governo pretende avaliar novos mecanismos para estimular a economia sem comprometer a sustentabilidade das contas públicas, demonstrando uma visão cautelosa diante do cenário econômico global.
Próximos passos e desafios futuros
Com a validade da MP expirada, o governo sinaliza que futuras medidas similares dependerão de novas propostas legislativas e de ajustes nas políticas públicas. O impacto imediato na economia já foi sentido, mas os efeitos a longo prazo ainda serão avaliados, especialmente em relação à saúde do Fundo de Garantia e ao mercado de trabalho.
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