O ex-chanceler brasileiro Aloysio Nunes, que comandou o Ministério das Relações Exteriores no governo de Michel Temer, afirmou ao GLOBO que a ofensiva do presidente americano Donald Trump contra o Brasil é “coisa de gângster”. Nunes, atualmente na Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex) em Bruxelas, acredita que o governo brasileiro deve reagir com firmeza, aplicando a Lei da Reciprocidade, aprovada recentemente pelo Congresso.
Natureza política da crise e reação do Brasil
Sobrando a questão, Nunes destacou que “o fundo da questão não é comercial, é política”. Ele afirmou que não há argumento econômico que justifique a ação de Trump de impor tarifas de 50% ao Brasil, considerada uma medida agressiva e desproporcional.
Culpa no discurso de lideranças brasileiras
Nunes questionou a postura de lideranças da direita brasileira, incluindo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que, segundo ele, “busca tirar casquinha eleitoral desse episódio, colocando a responsabilidade no Lula”.
Interrogando possibilidades de negociação
O ex-chanceler também criticou a proposta de Tarcísio de Freitas, que defende uma saída negociada. “Se ele estiver de boa-fé, o que o Brasil pode negociar? A questão do etanol americano, que prejudica os produtores brasileiros?”, questionou Nunes.
Reação diplomática e opinião sobre as ações de Trump
Nunes comentou ainda que “Lula fez bem em mandar a carta de volta para Trump, é como mandar ele lamber sabão”. E concluiu, de forma veemente, que “o que Trump está fazendo é coisa de gângster”.
Perspectivas e possíveis reações do Brasil
Para o ex-chanceler, o reforço das medidas de reciprocidade e uma postura firme na defesa dos interesses nacionais são essenciais diante da postura agressiva do governo americano. A expectativa é de que o governo brasileiro adote uma resposta rápida e proporcional à ofensiva de Trump, defendendo os setores afetados e reforçando a soberania nacional.
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