Estudos peer-reviewed publicados recentemente disputam argumentos utilizados por grupos pró-escolha, que alegam crises na saúde materna e fuga de obstetras de estados com leis pró-vida. As pesquisas indicam que os problemas de saúde pós-parto permanecem estáveis em locais com proteção à vida não nascer, enquanto crescem em Estados com legislação favorável ao aborto.
Pesquisas desmentem alegações sobre saúde materna e exôdo de OB-GYNs
Um estudo publicado semana passada afirma que a morbidade materna, ou seja, problemas de saúde que ocorrem após a gravidez ou o parto, manteve-se inalterada em estados que adotaram leis pró-vida. Em contrapartida, essas taxas aumentaram significativamente em Estados favoráveis ao aborto, revela a pesquisa publicada na revista BMC Public Health.
O estudo também reforça que a taxa de mortalidade infantil permaneceu constante nos estados com leis de proteção à vida, desmentindo a narrativa de que essas leis prejudicariam a saúde de recém-nascidos.
Fuga de obstetras em estados pró-vida é mito, aponta pesquisa
Outra alegação amplamente divulgada, a de que obstetras estariam abandonando estados com leis restritivas ao aborto, é refutada por artigo publicado na JAMA. Segundo o levantamento, cerca de 94% dos obstetras permanecem em suas práticas profissionais após adoção de leis pró-vida, número quase igual ao de especialistas que permanecem em estados favoráveis ao aborto, que é de aproximadamente 96%.
Ingrid Skop, vice-presidente e diretora de assuntos médicos do Instituto Lozier, afirma que a narrativa de fuga de obstetras é infundada. “Os dados recentes mostram que a narrativa de medo promovida por ativistas pró-aborto não condiz com os fatos”, afirmou. Para ela, fornecer cuidados médicos mais seguros e de qualidade realmente protege vidas, tanto de mães quanto de bebês.
Alta de abortos na Inglaterra e País de Gales em 2022
Dados do governo britânico revelam que, em 2022, quase três em cada dez gravidez terminaram em aborto na Inglaterra e País de Gales, os maiores números desde o início da coleta de dados. A porcentagem de interrupções gestacionais subiu de 20,8% em 2012 para 29,7% em 2022, refletindo uma tendência de aumento ao longo dos anos.
As estatísticas surgem logo após a votação do Parlamento Britânico pela descriminalização, oficializada em junho, do aborto até uma fase mais avançada da gestação, fortalecendo a narrativa pró-aborto na região.
Queda expressiva de abortos na Carolina do Sul após lei de proteção ao coração do bebê
Após a implementação da lei de proteção ao batimento cardíaco fetal em maio de 2023, a Carolina do Sul registra uma redução de 63% no número de abortos legais, aponta o relatório anual do Departamento de Saúde estadual. Em 2023, foram realizados 8.187 procedimentos, enquanto em 2024 o número caiu para 3.025, representando a maior queda desde a adoção da legislação.
A presidente da organização pró-vida Carolina do Sul Citizens for Life, Lisa Van Riper, comemorou os resultados, ressaltando que a medida tem preservado “vidas preciosas”. Entretanto, a cruzada contra o aborto evidencia um problema em relação à proporção de abortos de bebês negros, que representam 41% dos abortos realizados no estado, apesar de representarem apenas 26% da população negra local, apontou o grupo National Right to Life.