A fatalidade que resultou na morte do jogador Diogo Jota e de seu irmão, André Silva, na Espanha, em 2 de julho, continua a movimentar os noticiários e a gerar debates sobre as circunstâncias do acidente. Um laudo pericial revelou que o carro, uma Lamborghini dirigida por Jota, estava em alta velocidade quando ocorreu a tragicidade. No entanto, duas testemunhas oculares, incluindo um caminhoneiro, afirmam que a velocidade do veículo era moderada, gerando uma controvérsia que coloca em dúvida a conclusão da investigação.
A versão das testemunhas
Em uma entrevista ao jornal português Correio da Manhã, o caminhoneiro José Azevedo, que estava nas proximidades durante o acidente, ressaltou que, segundo sua observação, o atleta e seu irmão não estavam acelerando. Ele relatou sua experiência: “Eu filmei, parei, tentei ajudar, mas infelizmente não pude fazer nada. Estou com a consciência tranquila. A família tem a minha palavra de que eles não estavam em alta velocidade. Eu pude ver a marca e a cor do carro quando eles passaram por mim. Eles estavam dirigindo com muita calma.”
Outro caminhoneiro e amigo de Azevedo também testemunhou o ocorrido, apoiando a alegação de que Diogo Jota e André Silva não estavam em alta velocidade. Essa discrepância entre as testemunhas e o laudo pericial levanta questões sobre as condições nas quais o acidente aconteceu e os possíveis fatores que contribuíram para a tragédia.
O acidente e suas consequências
O trágico acidente ocorreu quando Jota e seu irmão estavam a caminho da Inglaterra, seguindo pela rodovia A-52, na Espanha. Segundo a investigação preliminar, um dos pneus traseiros do veículo estourou durante uma manobra de ultrapassagem, levando à perda de controle e ao incêndio do carro em decorrência do impacto.
Os corpos de Diogo Jota e André Silva foram encontrados carbonizados dentro do veículo, tornando a identificação possível apenas por meio de exames forenses e de DNA. O veículo, em sua totalidade, foi completamente destruído, não deixando muitos vestígios para a investigação.
O departamento de perícia confirmou que Diogo Jota estava ao volante no momento do acidente, enquanto as investigações seguem em torno de outros fatores potenciais que poderiam ter influenciado a colisão, como o estado da estrada e possíveis falhas mecânicas no carro. A caixa preta do luxo automóvel pode oferecer informações adicionais, embora os especialistas alertem que, dado o nível de destruição, alguns dados cruciais podem ter se perdido.
A repercussão da morte de Diogo Jota
A morte trágica do jogador de apenas 28 anos gerou grande comoção não apenas no mundo esportivo, mas também entre os fãs de futebol ao redor do mundo. O Liverpool, clube que Jota defendia, anunciou que honrará o contrato do atleta, destinando os valores devidos à sua família em um gesto de solidariedade.
A Federação Portuguesa de Futebol, assim como vários clubes europeus, prestou homenagens a Jota, evidenciando a perda significativa que a comunidade do futebol sofreu com a sua partida. O impacto emocional e a tristeza pelos jovens talentos que se vão tão precocemente varrem a nação e todo o universo esportivo.
Próximos passos das investigações
O caso está sob a responsabilidade do Juzgado de Instrucción do Pueblo de Sanabria, o qual deve receber o laudo completo nos próximos dias. À medida que mais informações vêm à tona, a esperança é que a verdade sobre as circunstâncias que levaram ao trágico acidente seja claramente revelada, servindo como um alerta sobre a segurança nas estradas e a importância da prudência ao volante.
Em meio à dor da perda, o legado de Diogo Jota continuará vivo, e suas conquistas no futebol serão sempre recordadas pelos fãs e colegas que o admiravam.