O economista Luis Otávio Leal, da G5 Partners, projeta que a deflação de alimentos deve ocorrer novamente em julho, após a primeira registrada desde agosto de 2024. Segundo o especialista, a tendência é de reversão para alta a partir de agosto, dependendo de fatores climáticos que afetam a produção agrícola.
Perspectiva de nova deflação e fatores climáticos
Leal afirma que a deflação de alimentos deve se repetir em julho, indicando um ajuste temporário na trajetória de alta constante dos preços. “Essa foi a primeira deflação desde agosto do ano passado, e o mercado deve observar uma retomada de preços positivos em agosto, mas a intensidade dessa mudança vai depender das condições climáticas, que continuam impactando a safra”, explica.
Inflação desacelera, mas supera expectativa
Apesar da desaceleração da inflação na comparação mensal, a taxa ficou ligeiramente acima da previsão do Boletim Focus, que era de 0,20%. O impacto de um reajuste de 13,77% no transporte por aplicativo foi um dos fatores que elevou o IPCA em 0,03 ponto percentual neste mês, surpreendendo o mercado.
Revisões para baixo nas estimativas do IPCA
De acordo com Leal, revisões de projeções também ocorreram, como a do PicPay, que reduziu sua estimativa para o IPCA neste ano de 5,3% para 5,1%. “As revisões baixistas continuam, refletindo uma expectativa de desaceleração mais consistente ao longo dos próximos meses”, afirma o economista.
Impactos e expectativas para os próximos meses
O cenário de deflação de alimentos em julho e a desaceleração da inflação geral sinalizam um alívio temporário para o consumidor, embora a volatilidade climática ainda represente uma incerteza relevante para o mercado. Autoridades econômicas acompanham atentamente esses indicadores para ajustar estratégias de política monetária.
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