O Hospital e Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre do Distrito Federal (Hfaus) recebeu, na última quinta-feira (10), duas capivaras que foram vítimas de atropelamento na região do Lago Sul, em Brasília. Os animais chegaram em estado crítico, apresentando várias lesões, desidratação e sinais de impacto. A situação alarmante destaca a necessidade urgente de proteção à fauna silvestre e da conscientização sobre a preservação do habitat natural das espécies.
Estado de saúde das capivaras
As capivaras chegaram ao Hfaus com escoriações visíveis e sinais de desidratação. A primeira capivara que foi recebida ainda se encontra em processo de estabilização e não está fora de risco, enquanto a segunda, embora apresente condições um pouco melhores, enfrentou complicações como sangramento no ouvido. Ambas passaram por exames de ultrassom para verificar possíveis lesões internas em seus órgãos. A equipe médica do hospital está trabalhando arduamente para garantir que recebam o tratamento necessário, mas os prognósticos não são otimistas dado o estado em que foram encontradas.
A importância da preservação da vida silvestre
Este incidente ressalta um problema maior que as capivaras enfrentam na cidade: a urbanização crescente e o aumento do tráfego veicular nas áreas antes habitadas por animais silvestres. Com a expansão urbana, muitos animais estão perdendo seus habitats, levando a situações como essas, em que os animais são atropelados ao atravessarem estradas em busca de alimentos ou abrigo.
Os órgãos ambientais e de saúde pública precisam reforçar as campanhas de conscientização sobre a importância de respeitar a fauna local. A educação é essencial para que a população e os motoristas estejam cientes dos riscos e do impacto que a urbanização tem na vida selvagem. É fundamental que as pessoas entendam que a presença de capivaras e outros animais silvestres é um indicador da saúde do ecossistema.
O que fazer ao encontrar animais silvestres feridos
Se você encontrar um animal silvestre ferido, como as capivaras que chegaram ao Hfaus, a primeira atitude deve ser contatar os órgãos competentes, como o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) ou a Polícia Militar Ambiental (PMA). Essas instituições têm a responsabilidade de atender casos de animais feridos, além de promover ações de conscientização e educação ambiental na comunidade.
Adicionalmente, é importante não tentar ajudar o animal por conta própria, pois isso pode causar mais estresse ou até mesmo ferimentos adicionais ao animal. Permita que os profissionais experientes façam o trabalho necessário de resgate e tratamento.
Resgate de animais silvestres: um dever de todos
O resgate e a reabilitação de animais silvestres feridos se tornou uma tarefa que demanda esforço conjunto entre órgãos governamentais, organizações não governamentais e a sociedade civil. Cada um desempenha um papel crucial na proteção da fauna e no trabalho para garantir que casos como o das capivaras atropeladas não se repitam.
As capivaras são animais sociais e adaptáveis, muitas vezes vistas como uma parte simbólica da fauna do Brasil. A perda dessas criaturas não é apenas uma perda para o meio ambiente, mas também para a cultura local, onde esses animais muitas vezes simbolizam a conexão entre a vida urbana e a biodiversidade que nos cerca.
À medida que a urbanização avança e o trânsito aumenta, é fundamental que a população esteja consciente do impacto de suas ações na fauna local. O aumento das infrações de trânsito que resultam em atropelamentos de animais silvestres exige uma resposta imediata e eficaz, tanto por parte das autoridades quanto pela participação ativa da sociedade.
As próximas semanas serão cruciais para as capivaras resgatadas, e a esperança é que consigam superar esse desafio e retornar à natureza, reforçando a importância da preservação e respeito à vida silvestre.