Brasil, 11 de julho de 2025
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Brasil deve registrar safra recorde de grãos em 2024/25, aponta Conab

Clima favorável, expansão da área plantada e investimentos tecnológicos impulsionam a previsão de produção de 339,6 milhões de toneladas

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta quinta-feira (10), em Brasília, o 10º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, que aponta uma expectativa de safra recorde no país. A produção estimada é de 339,6 milhões de toneladas, um aumento de 14,2% em relação ao ciclo anterior, refletindo o bom momento do setor agrícola brasileiro.

Perspectivas de safra recorde de grãos no Brasil

Segundo o relatório, a área cultivada atinge 81,8 milhões de hectares, crescendo 2,3% na comparação com o ciclo passado. Apesar de dificuldades no plantio de culturas de inverno, como trigo e aveia, devido ao excesso de chuvas na Região Sul, os demais cultivos avançam satisfatoriamente nas etapas do ciclo agrícola.

Com produtividade média recorde, a soja deve alcançar uma produção de 169,5 milhões de toneladas, avanço de 14,7%. O milho, incluindo todas as três safras, está previsto para atingir 132 milhões de toneladas, crescimento de 14,3%. Já o algodão deve gerar uma produção de 3,9 milhões de toneladas de pluma, um aumento de 6,4%, impulsionado pelo crescimento de 7,2% na área cultivada.

Recuperação na produção de arroz e feijão

O arroz, com a colheita encerrada, apresenta recuperação e deve alcançar 12,3 milhões de toneladas, alta de 16,5%, devido ao aumento na área semeada e ao bom desempenho climático, especialmente no Rio Grande do Sul. O feijão, por sua vez, teve uma produção total estimada de 3,15 milhões de toneladas, uma redução de 1,3% em relação ao ciclo anterior, mas com bom desempenho na primeira safra, que cresceu 12,8%.

Implicações no mercado e comércio exterior

De acordo com a Conab, a recente elevação da mistura obrigatória de biodiesel no diesel ajuda a impulsionar o mercado de soja, aumentando a demanda por esmagamento. A expectativa é de processamento adicional de aproximadamente 935 mil toneladas de grão, elevando a produção de óleo para 11,37 milhões de toneladas e de farelo para 43,78 milhões de toneladas, estimulando o consumo interno e os estoques.

As exportações de soja devem atingir cerca de 106,22 milhões de toneladas, com ênfase maior na demanda interna devido ao crescimento no processamento. Para o milho, o forte crescimento da demanda doméstica, principalmente para a produção de etanol, deve absorver parte do aumento na oferta de 132 milhões de toneladas, enquanto as exportações podem apresentar leve queda, elevando os estoques finais de forma significativa.

Para o arroz, a recuperação da produção nacional e a perspectiva de redução nos preços internos devem estimular as exportações, com importações permanecendo estáveis e os estoques finais crescendo.

*Com informações da Conab

Mais detalhes podem ser conferidos no documento oficial.

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