Brasil, 11 de julho de 2025
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Brasil cria grupo de trabalho para analisar Lei da Reciprocidade após tarifas dos EUA

Governo brasileiro formará comissão para avaliar impactos da taxação de 50% imposta por Trump ao país, buscando entendimento diplomático

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta semana que o governo brasileiro criará um grupo de trabalho para analisar a Lei da Reciprocidade, diante da tarifa de 50% aplicada pelos Estados Unidos ao Brasil pelo presidente Donald Trump. A iniciativa visa avaliar os instrumentos disponíveis para apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Diálogo diplomático e defesa do interesse nacional

Segundo Haddad, o governo continuará agindo de forma diplomática, com canais abertos para buscar entendimento e resolver o impasse. Ele também criticou setores extremistas que, segundo ele, contribuíram para a situação atual. “Seria bom que esses grupos se desmobilizassem nos Estados Unidos e passassem a defender o interesse nacional”, afirmou o ministro.

Impactos econômicos e setores mais afetados

Haddad destacou que, se as taxas forem mantidas, setores como o agronegócio e a indústria, sobretudo paulista, poderão sofrer consequências severas. “Não queremos prejuízos para ninguém, seja para brasileiros que vendem para os EUA ou para americanos que comercializam aqui. Não há razão econômica para isso”, declarou.

Ele ressaltou que a aplicação da Lei da Reciprocidade não deve causar efeitos inflacionários no Brasil, pois existem medidas tarifárias e não tarifárias que podem ser estudadas pelo grupo. “Há possibilidades de evitar impactos econômicos negativos”, acrescentou.

Perspectivas para a superação do conflito

Para Haddad, há esperança de que, com boa vontade de ambas as partes, o mal-entendido possa ser resolvido sem prejudicar a relação histórica entre Brasil e Estados Unidos, que dura mais de 200 anos. “Esse conflito envolve interesses pessoais e não pode afetar a soberania e o relacionamento entre os países”, afirmou o ministro.

O governo brasileiro pretende concluir a análise em semanas, buscando uma saída diplomática e equilibrada para o impasse, evitando que a situação cause danos econômicos e sociais ao país.

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