Na madrugada de 4 de julho, o centro do Texas foi atingido por enchentes devastadoras que causaram a morte de pelo menos 95 pessoas, incluindo 27 crianças e assessores de um acampamento de verão, segundo fontes como o NBC News. A trágica tragédia ocorreu após o rio Guadalupe subir 26 pés em apenas 45 minutos, sem aviso prévio adequado, principalmente na Kerr County, onde a maioria das vítimas foi registrada. A ausência de sistemas de alerta eficientes foi atribuída à falta de investimento, pois, há cerca de seis ou sete anos, um sistema de sirene foi considerado, mas rejeitado devido ao custo elevado, afirmou o juiz Rob Kelly, à Associated Press.
Críticas ao corte de fundos e às ações do governo
A calamidade acontece apenas dois meses depois de o governo Trump, atualmente alvo de críticas pelo movimento MAGA, reduzir fundos e demitir funcionários do NOAA, órgão responsável pelas previsões meteorológicas. Desde então, o National Weather Service (NWS) perdeu quase 600 trabalhadores, embora parte tenha sido recontratada após protestos públicos, de acordo com a NPR.
Analistas apontam que a redução de recursos comprometeu o sistema de alerta precoce, aumentando os riscos de tragédias como a do Texas. Em maio, cinco ex-diretores do NWS assinaram uma carta alertando para o perigo de understaffing, que poderia levar a mortes evitáveis, reforçando o impacto da política de cortes.
Reações políticas e controvérsias nas redes sociais
Políticos aliados ao movimento MAGA têm se manifestado de forma controversa. Vice-presidente JD Vance e o presidente da Câmara, Mike Johnson, compartilharam orações pelo estado, recebendo críticas por parecer desconsiderar a gravidade da situação. Já a deputada Marjorie Taylor Greene causou revolta ao propor um projeto de lei para proibir “modificação do clima” e afirmou que é necessário acabar com o que ela chamou de “prática perigosa de geoengenharia”.
Especialistas e usuários criticaram Greene por sua falta de conhecimento técnico, apontando a cegueira de certos conservadores que acreditam em “máquinas mágicas de controle climático”, enquanto ignoram as evidências sobre as mudanças climáticas causadas pelo homem.
Impacto e perspectivas futuras
Especialistas reforçam que a combinação de má gestão, cortes de orçamento e negação das mudanças climáticas agravou a vulnerabilidade do Texas às enchentes. A tragédia reforça a necessidade de uma maior atenção às estratégias de prevenção e preparo para eventos climáticos extremos, numa era de crises ambientais cada vez mais frequentes.
Enquanto isso, a sociedade e líderes climáticos insistem na urgência de investimentos públicos e na implementação de sistemas de alerta eficientes para evitar novas perdas de vidas em futuras catástrofes.