Brasil, 10 de julho de 2025
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A importância da inclusão dos idosos nas comunidades religiosas

A mensagem de Leão XIV para o V Dia Mundial dos Avós e Idosos destaca a valorização da terceira idade e promove práticas de integração.

No contexto da celebração do V Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, a mensagem do Papa Leão XIV, intitulada “Bem-aventurado aquele que não perdeu a esperança”, traz reflexões importantes sobre a inclusão e valorização da terceira idade nas comunidades religiosas e sociais. A entrevista com o bispo Dario Gervasi, secretário adjunto do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, aborda as boas práticas e as iniciativas que visam integrar os idosos na vida eclesial, mostrando que a velhice é um período rico em experiências e sabedoria.

A velhice como um tesouro

O Papa Leão XIV, em sua mensagem, ressalta que a esperança não é exclusiva da juventude. A ideia de que pessoas idosas podem ser sinais de esperança é uma mudança significativa no discurso popular, que frequentemente associa valor à produtividade. O bispo Gervasi aponta para a necessidade de mudar essa perspectiva, enfatizando que a velhice é uma fase rica em tesouros. A sabedoria acumulada e a fidelidade de Deus vivida através dos anos são apenas algumas das riquezas que os idosos oferecem. Portanto, é essencial mudar o imaginário coletivo para valorizar a experiência de vida dos mais velhos.

Integração dos idosos nas comunidades

Durante a entrevista, Gervasi destacou várias propostas pastorais que podem auxiliar na inclusão dos idosos na vida da Igreja. Ações simples, como visitas a lares de idosos e a promoção de eventos intergeracionais, são formas eficazes de manter os idosos ativos e integrados nas comunidades. Ele sublinha a importância de criar espaços em que os avós possam compartilhar suas experiências e lidar com as gerações mais jovens, reforçando laços familiares e comunitários.

A luta contra a marginalização

Gervasi também abordou o tema da marginalização dos idosos na sociedade moderna, onde o desempenho e a produtividade são frequentemente valorados acima de qualquer outra característica da vida. Ele explica que essa visão distorcida pode levar à desvalorização dos mais velhos, que são vistos como “inúteis” por não estarem mais no mercado de trabalho. A reflexão sobre a vida associada à produção é um desafio a ser enfrentado pela sociedade, e os idosos devem ser vistos como portadores de sabedoria e ensinamentos valiosos.

Uso da tecnologia: uma ponte intergeracional

Outro aspecto abordado na entrevista foi o papel da tecnologia na integração intergeracional. Os jovens têm a capacidade de ajudar os idosos a navegar no mundo digital, enquanto os mais velhos podem ensinar valores e tradições que humanizam a vida moderna. Exemplo disso é a relação entre avós e netos na prática da fé. Momentos simples, como acompanhar um neto à missa e ensinar a fazer o sinal da cruz, tornam-se fundamentais na transmissão de valores essenciais e na construção de uma espiritualidade sólida.

Iniciativas para o Dia Mundial dos Avós e Idosos

Para a celebração do Dia Mundial dos Avós e Idosos em 27 de julho, o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida lançou um kit pastoral especial. Este material inclui orações, sugestões de celebrações e orientações para paróquias e comunidades, buscando alcançar aqueles que não podem participar presencialmente. A iniciativa mostra que a Igreja se preocupa em envolver todos os seus membros, independentemente da sua condição física.

Olhar para o futuro

Com um congresso internacional programado para outubro, o Dicastério planeja debater temas relevantes da vida dos idosos, incluindo espiritualidade e a luta contra a cultura do descarte. Gervasi ressalta que esses encontros visam criar uma nova consciência sobre o papel dos idosos nas comunidades eclesiais, proporcionando um espaço de diálogo e reflexão sobre como integrá-los efetivamente.

Em suma, a mensagem do Papa e as propostas do Dicastério desafiam a Igreja e a sociedade a enxergar a velhice como uma fase enriquecedora da vida. Ao valorizar os idosos e promover sua inclusão, construímos comunidades mais solidárias e conscientes, onde todos, independentemente da idade, têm um papel significativo.

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