Brasil, 9 de julho de 2025
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Virginia limita aplicação da proibição de terapia de conversão para menores

Acordo judicial permite terapia de conversão voluntária para menores com disforia de gênero na Virgínia, sob proteção da liberdade religiosa.

Uma acordo entre o escritório do procurador-geral da Virgínia e dois conselheiros cristãos limita a aplicação da proibição de terapia de conversão para menores no estado. A medida permite que jovens com disforia de gênero recebam terapia de conversão voluntária, assegurando o direito à liberdade religiosa e de expressão dos profissionais e pacientes envolvidos.

Limites na aplicação da lei contra a terapia de conversão na Virgínia

Com o novo entendimento, menores de 18 anos com disforia de gênero poderão receber “terapia de conversa” que vise alinhar a identidade de gênero percebida com o sexo biológico. O mesmo vale para orientações sexuais que desejam direcionar sua atração para o sexo oposto.

Segundo Shaun Kenney, porta-voz do escritório do procurador-geral, “essa ação judicial resolve uma questão constitucional ao permitir a terapia de conversa entre profissionais e pacientes dispostos, incluindo aqueles que enfrentam disforia de gênero”.

“A terapia de conversa voluntária era punida pela legislação anterior, mas agora, respeitando a liberdade religiosa e de expressão, ela será permitida dentro dos padrões de cuidado,” afirmou Kenney.

Contexto legal e cultural do debate na Virgínia

A legislação de 2020, assinada pelo ex-governador Ralph Northam, previa penalidades para conselheiros que praticassem a terapia de conversão, mesmo quando solicitada pelo paciente, classificando-a como uma prática a ser combatida pelo estado. A lei considerava “conversão” qualquer tentativa de alterar a orientação sexual ou identidade de gênero de uma pessoa.

Os conselheiros cristãos John e Janet Raymond, que contestaram a lei na justiça, oferecem aconselhamento que integra suas crenças religiosas, incluindo oração, materiais bíblicos e diálogos voluntários. A negociação jurídica reconhece que suas práticas estão protegidas pela liberdade religiosa garantida na Constituição local.

Impacto para profissionais religiosos e o debate nacional

A Fundação Freedom Laws, defensora dos conselheiros, comemorou a decisão como uma “vitória significativa”, afirmando que a proibição tem efeito praticamente nulo na Virgínia. Segundo eles, “profissionais poderão dialogar livremente com clientes buscando discutir identidades e orientações sob a ótica da fé”.

Jennifer Morse, presidente da Ruth Institute, destacou que a questão central é a liberdade de expressão. Para ela, a proibição parte do pressuposto de que “as pessoas nascem gays e não podem mudar”, uma afirmação que ela considera falsa e que impede o debate saudável sobre identidade e orientação sexual.

Futuras ações nos Estados Unidos

Em março, a Suprema Corte dos Estados Unidos concordou em julgar um caso que desafia a proibição do Colorado, que visa restringir a prática em menores. Esse caso pode estabelecer um precedente nacional sobre o tema, especialmente no que diz respeito à liberdade religiosa e de expressão.

(Texto continua abaixo)

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