Brasil, 9 de julho de 2025
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UE e EUA negociam acordo com tarifas mais altas do que com o Reino Unido

Negociadores europeus estão próximos de fechar acordo com os EUA, que pode incluir tarifas superiores às do Reino Unido, aponta Financial Times

Negociadores da União Europeia estão em etapa avançada de negociações para um acordo comercial com os Estados Unidos, que deve resultar em tarifas mais altas do que as acordadas com o Reino Unido, segundo informações do Financial Times nesta quarta-feira. Em maio, os EUA impuseram uma tarifa de 10% sobre produtos britânicos importados, enquanto a Inglaterra aplicou uma taxa de 1,8%.

Previsões e prazos para o acordo entre UE e EUA

A União Europeia espera concluir as negociações “nos próximos dias”, antes do prazo final de 1º de agosto, afirmou um porta-voz comercial da Comissão Europeia, segundo a AFP. O representante europeu, Olof Gill, destacou que os Estados Unidos “mudaram a data limite para finalizar acordos com os países parceiros para 1º de agosto”, embora o objetivo seja negociar antes dessa data.

De acordo com o porta-voz, o presidente americano Donald Trump estabeleceu o dia 1º de agosto como o limite para que outros países cheguem a um entendimento com Washington, sob pena de aplicação de tarifas elevadas. Assim, o bloco europeu tem pouco tempo para evitar a implementação de tarifas mútuas no comércio transatlântico, com a UE buscando manter contato constante com autoridades norte-americanas, conforme informou Maros Sefcovic, comissário europeu do Comércio.

Impactos potenciais e cenário de negociações

Se as negociações não chegarem a um consenso, a União Europeia planeja impor tarifas sobre produtos americanos no valor de 100 bilhões de euros, como forma de resistência às tarifas de Washington. Sefcovic já conversou com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, e deve se reunir nesta quarta-feira com o Alto Representante de Comércio do bloco, Jamieson Greer, evidenciando o esforço de diálogo.

Especialistas indicam que o acordo pode incluir proteção a setores específicos, como a Airbus, enquanto a Ferrari deve ser excluída das novas condições comerciais, conforme análise publicada pelo GLOBO.

Perspectivas e desafios finais

Embora haja um esforço para um entendimento rápido, o cenário permanece incerto, com negociações intensas para evitar tarifas elevadas e manter o fluxo de comércio entre UE e EUA. A conclusão do acordo é vista como decisiva para evitar uma escalada protecionista no comércio transatlântico, além de definir as condições para futuras trocas comerciais entre as duas potências.

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