A Administração de Segurança de Transporte (TSA) dos Estados Unidos está em processo de eliminar a obrigatoriedade de os viajantes removerem os sapatos ao passar pelos pontos de segurança em alguns aeroportos do país, de acordo com diversos relatos. A medida, ainda não oficialmente confirmada pela agência, deve facilitar o fluxo nas filas e proporcionar uma experiência mais ágil para os passageiros.
Liberação progressiva para quem está no TSA PreCheck
Até então, a permissão para manter os sapatos durante a inspeção era exclusiva dos viajantes inscritos no programa TSA PreCheck, que oferece filas especiais e procedimentos de segurança mais rápidos. A reportagem do newsletter Gate Access, especializada em viagens, foi a primeira a divulgar a mudança após compartilhar orientações internas com os agentes da TSA por todo o país.
Incertidades oficiais e reações governamentais
Apesar do vazamento, a TSA, vinculada ao Departamento de Segurança Interna dos EUA, não confirmou oficialmente o fim da regra. Em nota ao HuffPost, um porta-voz da agência afirmou que “a TSA e o DHS estão sempre explorando novas formas de aprimorar a experiência do passageiro e manter uma postura de segurança robusta” e que “qualquer atualização nos procedimentos será divulgada por canais oficiais”.
No entanto, a assessora de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, indicou que a mudança já estaria em andamento, sugerindo que “o processo está avançado”.
Aeroportos pioneiros na implementação
Segundo informações de CBS News, os primeiros aeroportos a adotarem a nova prática incluem Baltimore/Washington International, Fort Lauderdale, Cincinnati/Northern Kentucky, Portland, Philadelphia e Piedmont Triad, na Carolina do Norte. Entretanto, relatos de passageiros que passaram por aeroportos como Los Angeles e Nova York, em LaGuardia, indicam que alguns ainda não tiveram que tirar os sapatos durante a inspeção.
Contexto histórico e motivos da antiga exigência
A regra de remover os sapatos foi estabelecida pela TSA em 2006, após alertas de inteligência sobre ameaças contínuas. A decisão veio anos após o atentado frustrado do “shoe bomber” Richard Reid, que tentou detonar explosivos escondidos em seus calçados a bordo de um voo de Paris a Miami, poucos meses após os atentados de 11 de setembro de 2001. Na ocasião, Reid foi impedido por passageiros e tripulação, e o avião precisou fazer um pouso de emergência em Boston.
Segundo o FBI, essa iniciativa visava evitar novos ataques similares e tinha como objetivo reforçar a segurança aeroportuária global.
Impactos esperados e perspectivas futuras
Analistas acreditam que a flexibilização na inspeção dos sapatos deve diminuir significativamente as filas e o tempo de espera nos principais aeroportos americanos, melhorando a experiência do passageiro sem comprometer a segurança. A implementação oficial das mudanças deve ocorrer de forma gradual e prioritária nos aeroportos maiores do país, com possíveis ajustes conforme a evolução da situação.
Especialistas alertam, no entanto, que a decisão ainda precisa ser formalmente oficializada pelas autoridades e que o procedimento poderá variar de acordo com critérios de segurança futuros.
