Brasil, 9 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Trump anuncia tarifas de até 30% para seis países

Presidente dos EUA mantém postura inflexível e impõe tarifas que variam de 20% a 36% sobre importações de diversos países

O presidente Donald Trump confirmou nesta quarta-feira (9) a aplicação de tarifas unilaterais variando de 20% a 36% sobre produtos provenientes de seis países, incluindo Argélia, Líbia, Iraque e Filipinas. As medidas, alinhadas às ameaças feitas inicialmente em abril, buscam exercer pressão sobre parceiros comerciais e fortalecer a política protecionista do governo dos Estados Unidos.

Tarifas elevadas impulsionam tensão nas relações internacionais

Trump anunciou tarifas de 30% sobre produtos da Argélia, Líbia e Iraque, além de 25% para a Moldávia, Brunei, Cazaquistão e Malásia. Para as Filipinas, a tarifa será de 20%, embora tenha aumentado em relação aos 17% previamente ameaçados. Além disso, países como Tailândia, Indonésia e Laos também figuram na lista de penalizações, com tarifas que chegam a até 40%. Segundo o presidente, essas medidas fazem parte de uma estratégia para renegociar acordos comerciais e proteger a economia americana.

Impacto nos principais parceiros comerciais dos EUA

Entre os principais países afetados estão Japão e Coreia do Sul, com tarifas de 25%, e países como Tailândia e Myanmar, com tarifas acima de 30%. Países exportadores de bens de consumo, eletrônicos e autopeças, como a Filipinas, que exportou cerca de US$ 14,1 bilhões para os EUA no último ano, podem sentir um impacto imediato nas negociações comerciais.

Ao todo, dez países tiveram tarifas unilaterais anunciadas por Trump, mostrando a estratégia agressiva do governo americano diante de parceiros comerciais considerados desafiadores. “Trump ameaçou aplicar impostos adicionais, além das tarifas atuais, se os países não aceitarem novas condições”, explica o especialista em comércio internacional João Pereira.

Reações e possibilidades de negociações

Apesar das intenciones de Trump, a reação internacional tem sido de cautela. China e União Europeia continuam a defender o livre comércio e criticam medidas protecionistas. “O protecionismo não é o caminho para o crescimento sustentável”, afirmou a porta-voz da União Europeia em comunicado oficial. As tarifas começarão a vigorar a partir de agosto, após notificação formal dos responsáveis americanos, e deixam os parceiros em alerta para possíveis retaliações.

Contrapartidas e novos acordos comerciais

Em paralelo às novas medidas, o governo Trump anunciou acordos com o Reino Unido e o Vietnã, sinalizando uma estratégia de reforçar alianças sob uma postura de maior rigor tarifário. Segundo analistas, essas ações podem gerar instabilidade no comércio global e fomentar uma guerra tarifária de longo prazo.

Trump também ameaçou aplicar uma tarifa adicional de 10% a países que, segundo ele, “se alinharem ao Brics”, grupo que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A Casa Branca ainda não confirmou oficialmente essas ameaças, mas os mercados já demonstram preocupação com a escalada de tensões comerciais.

Perspectivas futuras

Investidores permanecem cautelosos, esperando sinais mais claros de negociações futuras e possíveis retaliações internacionais. A extensão do prazo até 1º de agosto para negociações abrangentes reforça a instabilidade no cenário econômico global, enquanto o governo americano mantém uma postura de firmeza na sua política tarifária.

Para mais detalhes sobre as tarifas e suas implicações, consulte o texto completo na Globo.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes