Brasil, 10 de julho de 2025
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Trump anuncia tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de agosto

Ex-presidente dos EUA lança tarifa de 50% que afeta setores estratégicos do Brasil, incluindo petróleo, aço, café e carne

Nesta quarta-feira (9), o ex-presidente Donald Trump anunciou a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, com validade a partir de 1º de agosto. A medida visa responder às tarifas e barreiras comerciais do Brasil, segundo Trump, e pode impactar fortemente setores de destaque na pauta de exportações do país.

Impacto nos principais produtos de exportação para os EUA

Dados do g1, com base em informações de comércio exterior, apontam que, entre janeiro e junho de 2025, os produtos mais exportados do Brasil para os Estados Unidos incluem petróleo, aço, café e carne bovina. Veja o ranking dos principais itens:

  • Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminossos — US$ 2,37 bilhões
  • Produtos semimanufaturados de ferro ou aço (baixo carbono) — US$ 1,49 bilhão
  • Café não torrado, não descafeinado — US$ 1,16 bilhão
  • Carnes bovinas desossadas e congeladas — US$ 737,8 milhões
  • Ferro-gusa — US$ 683,6 milhões
  • Celulose (pasta química de madeira não conífera) — US$ 668,6 milhões
  • Óleos combustíveis e preparações de petróleo — US$ 610,2 milhões

Segundo Trump, a medida é uma resposta às ações brasileiras consideradas “injustas”, e ele alegou que o déficit comercial dos EUA com o Brasil representa uma ameaça à segurança econômica nacional.

Debate sobre déficit comercial e possibilidade de retaliações

Apesar das justificativas, dados do Ministério do Desenvolvimento indicam que o Brasil apresentou déficits comerciais consecutivos com os EUA desde 2009, totalizando uma diferença acumulada de US$ 88,61 bilhões até 2025 — aproximadamente R$ 484 bilhões na cotação atual. Leia mais aqui.

O anúncio de Trump serve como um alerta: se o Brasil decidir reagir elevando suas próprias tarifas sobre produtos americanos, os EUA podem aumentar ainda mais as taxas já impostas, criando uma espécie de “escada tarifária”.

Potenciais ações brasileiras e perspectivas futuras

Embora Trump tenha sugerido que a tarifa poderia ser reduzida caso o Brasil abra seus mercados e elimine barreiras comerciais, ele também propôs que empresas brasileiras instalem suas operações nos Estados Unidos para evitar a tarifa, facilitando processos para essa expansão.

O ex-presidente também criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro, classificando o julgamento no STF como “uma vergonha internacional” e alegando que essas ações influenciam no aumento das tarifas sobre o Brasil, sem apresentar evidências concretas.

Contexto e possíveis consequências para o comércio bilateral

Especialistas apontam que a medida pode prejudicar a competitividade das exportações brasileiras ao mercado norte-americano, especialmente nos setores de petróleo, aço, café e carnes, que lideram as vendas do Brasil aos EUA. Caso o governo brasileiro opte por uma retaliação tarifária, o ideal é que essa resposta seja equilibrada para evitar uma escalada de tarifas prejudicial ao comércio.

O governo brasileiro ainda estuda estratégias para responder às ações de Trump e minimizar os efeitos dessa nova medida, que deve gerar impacto direto na balança comercial e na economia de diversos setores nacionais.

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