A cantora Safí, conhecida por seu estilo inovador, começou sua nova fase musical com uma ação de marketing inusitada que gerou muita repercussão. Em Goiânia (GO), a artista espalhou papéis que simulavam multas de trânsito, o que inicialmente foi confundido por muitos motoristas como uma possível fraude ou um golpe. No entanto, a medida tinha como principal intenção promover o lançamento de sua nova música.
Uma campanha polêmica
Os papéis criados por Safí apresentavam um QR Code que direcionava os motoristas para ouvir sua nova canção. A iniciativa, por mais criativa que fosse, chamou a atenção da prefeitura de Goiânia, que recebeu diversas reclamações sobre as notificações, levando à denúncia da cantora à polícia civil.
A Secretaria Municipal de Engenharia de Trânsito (SET) informou que as denúncias começaram a surgir em meados de junho. No dia 26 do mês passado, foi confirmada a denúncia do caso, que agora segue em investigação pelo Grupo Especial de Investigação Criminal (Geic) de Goiânia. A Polícia Civil de Goiás declarou que dará seguimento às apurações com o intuito de entender melhor as circunstâncias do ocorrido.
A declaração da Polícia Civil
Diante da situação, a Polícia Civil afirmava em nota: “A Polícia Civil de Goiás informa que recebeu a notícia-crime por parte da Secretaria Municipal de Engenharia de Trânsito de Goiânia (SET), na manhã desta quinta-feira (26), e que dará andamento no procedimento investigatório que visa esclarecer as circunstâncias dos fatos”.
A defesa de Safí
A equipe jurídica que representa a cantora não tardou a se manifestar, esclarecendo que a campanha não constituía uma infração. Em comunicado enviado ao jornal “O Popular”, os advogados ressaltaram que “a ação de marketing utilizada pela cantora não constituiu infração penal ou outro ilícito que justifique a instauração de procedimento de investigação policial ou outra atuação do poder público”.
Os advogados também explicaram que a ideia de usar panfletos em formato semelhante a notificações de autuação é uma prática já adotada por outros artistas, o que a torna uma estratégia de publicidade comum no meio artístico. “A divulgação do panfleto não continha nenhum nome, elemento ou emblema oficial de órgão de trânsito ou do Município de Goiânia e continha, ao final, a observação de que se tratava de uma campanha publicitária”.
Em resposta à polêmica, a equipe enfatizou que a intenção principal foi apenas chamar a atenção do público para a música “Um nó”, que estava sendo lançada neste período.
Repercussão nas redes sociais
A repercussão nas redes sociais foi intensa. Muitos fãs e usuários do Twitter expressaram suas opiniões sobre a abordagem de Safí, com comentários que variavam entre apoiar a criatividade da artista e criticar a estratégia, considerando-a irresponsável e confusa. O uso do QR Code, que direcionava os motoristas a uma plataforma de música, se tornou um ponto de debate entre os usuários, que questionavam a segurança dessa forma de marketing.
Outra parte da população, no entanto, viu a ação como uma forma inovadora de promover música em um cenário saturado e competitivo. Essa dualidade na percepção da campanha reflete a complexidade do marketing atual, que muitas vezes busca formas inusitadas de capturar a atenção dos consumidores.
Conclusão
O caso de Safí em Goiânia levanta questões importantes sobre os limites do marketing criativo na indústria da música. Embora a intenção por trás da campanha fosse positiva, a confusão e o alimento de desconfiança gerados podem ter consequências a longo prazo para a imagem da artista. À medida que a investigação avança, resta saber como a cantora lidará com a repercussão e o impacto na carreira após esse episódio.