Brasil, 9 de julho de 2025
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Peregrinação na Noruega celebra dia de Santa Sunniva no ano do Jubileu da Igreja Católica

Centenas de fiéis viajaram de barco até a ilha de Selja para homenagear Santa Sunniva, padroeira da Noruega, no Ano Jubilar de Esperança.

Na comemoração do dia de Santa Sunniva, em 8 de julho de 2025, peregrinos de diversos países chegaram até a ilha de Selja, localizada na costa oeste da Noruega. A cerimônia marcou a homenagem à santa irlandesa do século IX, cuja vida e martírio inspiraram a fundação do primeiro mosteiro beneditino e diocese na Noruega, em homenagem à fé cristã.

Peregrinação a Selja reforça o Ano Jubilar da Igreja Católica

O bispo coadjutor de Oslo, Frederik Hansen, destacou ao programa “EWTN News Nightly” que a ilha representa “o ponto onde chegou a cruz de Cristo em nossa nação”. Segundo ele, celebrar o local é uma oportunidade de homenagear a história do cristianismo na Noruega e sua evolução como país católico.

Hansen afirmou ainda que a visita à ilha é parte do trabalho preparatório para os 1.000 anos de evangelização, que ocorrerão em 2030. Parte do significado do local reside em seu papel histórico como sede da antiga abadia de Selja, fundada no século X e abandonada em 1537, durante a Reforma Protestante. Atualmente, a ilha é um santuário dedicado a Santa Sunniva, atraindo peregrinos de todo o mundo.

Rituais e histórias de fé durante a jubileu em Selja

A celebração começou com orações enquanto os fiéis percorriam a trilha que leva do porto às ruínas do mosteiro, onde participaram de uma missa comunitária. Durante o percurso, os peregrinos tiveram a oportunidade de aprender mais sobre a vida e o legado de Santa Sunniva.

De acordo com a tradição, Sunniva nasceu na Irlanda e deixou seu país após a morte do pai, rejeitando um pretendente pagão que ameaçava destruir seu povo. Com um grupo de refugiados, ela embarcou em uma embarcação sem velas ou remos, confiando na direção de Deus. Acredita-se que eles chegaram a Selja em uma jornada guiada pela fé, sem controle humano sobre o barco.

O padre Mathias Ledum, de Oslo, destacou que a história de Sunniva foi uma inspiração pessoal durante seu discernimento vocacional. “Senti a intercessão de Sunniva com força, especialmente ao lembrar que ela saiu de Irlanda, embarcou sem veleiro, e entregou sua travessia ao desígnio de Deus”, contou o sacerdote ao “EWTN News Nightly”.

Segundo a tradição, a santa e seus companheiros buscaram refúgio em uma caverna ao encontrarem inimigos, mas ela acabou sendo soterrada quando a caverna desabou. Anos após sua morte, ocorreram sinais considerados milagrosos, como uma luz que iluminou o local e um aroma agradável na caverna e nas relíquias de Sunniva, fenômenos que alimentaram a fé dos devotos.

Para Ledum, esses sinais reforçam a sacralidade do local e a origem da fé na Noruega. “Ela foi a semente da primeira diocese do país, e suas relíquias permanecem como testemunho vivo da fé cristã que hoje fortalece o povo norueguês”, afirmou.

Perspectivas de renovação espiritual e esperança

O sacerdote expressou esperança de que as orações no santuário de Selja contribuam para a conversão e fortalecimento da fé na Noruega. “Nosso objetivo é continuar a oração pelo país e pedir a intercessão de Santa Sunniva pelos desafios atuais da Igreja na região”, declarou.

Além de Selja, outros locais de peregrinação também recebem fiéis durante o Ano Jubilar de 2025. A celebração em Selja permanece como símbolo de fé, esperança e história cristã na Noruega, reforçando o vínculo entre o passado venerado e o presente de renovação espiritual.

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