Brasil, 10 de julho de 2025
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Lula discute reação do Brasil à tarifa adicional de 50% dos EUA

Presidente Lula convoca reunião de emergência para definir postura diante da nova medida protecionista de Donald Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou nesta quarta-feira (9) uma reunião de emergência com ministros e auxiliares para tratar da tarifa adicional de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelos Estados Unidos. O encontro, que não estava na agenda, visa definir a resposta do governo brasileiro diante da medida protecionista de Donald Trump.

Reunião para avaliar medidas contra a tarifa dos EUA

Participaram o chanceler Mauro Vieira, o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro da Fazenda Fernando Haddad e o secretário de Comunicação, Sidônio Palmeira. Segundo interlocutores, o objetivo é discutir ações possíveis, incluindo a reciprocidade, aumento de tarifas em produtos americanos, ou medidas em áreas como patentes farmacêuticas e o setor audiovisual.

Contexto internacional e negociações bilaterais

Apesar do impacto da tarifa de 50%, integrantes do governo afirmaram que o Ministério do Desenvolvimento avalia que um aumento de tarifa maior não está nos planos atuais. O governo americano, sob Donald Trump, justificou o reajuste como uma resposta ao bloco BRICS, após a cúpula do grupo na última segunda-feira, na qual Trump anunciou imposto adicional de 10% para países que se alinhassem ao bloco.

Negociações em andamento com os EUA

Apesar das ameaças, fontes do governo pontuaram que há negociações em curso com Washington para eliminar tarifas de 25% sobre o aço e 10% sobre outros produtos. A medida de 50%, portanto, teria sido considerada excessiva e fora do contexto dessas conversas. “Ainda há espaço para negociação”, afirmou uma fonte diplomática.

Reação diplomática e carta de Trump a Lula

Segundo informações de integrantes do Itamaraty, causou estranheza a carta enviada pelo presidente Trump a Lula nesta quarta-feira. Na mensagem, Trump reafirmou sua estratégia de elevar tarifas e voltou a defender ex-presidente Jair Bolsonaro, o que gerou questionamentos no Palácio do Planalto. Mais detalhes podem ser acessados neste link.

Perspectivas e possíveis consequências

A reunião visa alinhar a resposta do Brasil às ações econômicas dos Estados Unidos, evitando uma escalada de medidas que possam afetar ainda mais as relações comerciais. A expectativa é que o governo brasileiro decida nos próximos dias sobre uma estratégia de reação coordenada, levando em consideração os interesses econômicos e diplomáticos do país.

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