O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou, nesta quarta-feira (9), a importância de criar um mercado global de biocombustíveis que contribua para a descarbonização dos setores marítimo e de aviação. Durante cerimônia no Palácio do Planalto, Lula afirmou que a definição de padrões de sustentabilidade deve ocorrer na esfera multilateral, e não ser imposta unilateralmente por alguns países ou blocos.
Definição de padrões sustentáveis e críticas às barreiras comerciais
“Juntos, podemos criar um mercado global de biocombustíveis, que contribuirá para descarbonizar os setores marítimo e de aviação. É possível produzir bioenergia de forma sustentável. Mas a definição de padrões de sustentabilidade deve ser feita na esfera multilateral”, declarou Lula.
O presidente brasileiro ressaltou ainda a oposição do Brasil e da Indonésia a classificações arbitrárias que desequilibram o comércio internacional, aprofundando as desigualdades entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. “[…] A crítica reforça o incômodo do governo brasileiro com medidas americanas que estariam funcionando como barreiras comerciais”, afirmou, citando uma fonte do O Globo.
Agenda ambiental e cooperação entre Brasil e Indonésia
Outro destaque do encontro entre Lula e o ministro indonésio Prabowo foi a discussão sobre a agenda ambiental. Os dois países estão articulando o lançamento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, previsto para a COP30, e pretendem cobrar maior financiamento internacional para a preservação de biomas como a Amazônia e Bornéu.
A reunião faz parte de uma série de esforços conjuntos para promover a sustentabilidade e combater o desmatamento global. “Precisamos de uma atuação coordenada para proteger nossos biomas e garantir um mercado de bioenergia sustentável”, afirmou Lula.
Perspectivas futuras
O governo brasileiro busca fortalecer seu papel no cenário internacional, promovendo o diálogo multilateral sobre sustentabilidade e combatendo medidas unilaterais que possam prejudicar o comércio e o meio ambiente. A expectativa é que o Fundo Florestas Tropicais para Sempre seja oficialmente lançado na COP30, na próxima conferência do clima.