Brasil, 9 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Jogadores de futebol condenados por evasão fiscal na Espanha

Desde Messi até Eto'o, conheça os craques que enfrentaram a Justiça espanhola por questões fiscais.

As estrelas do futebol mundial frequentemente chamam atenção não apenas por seus desempenhos nos gramados, mas também por suas conturbadas questões legais fora deles. A evasão fiscal tem sido uma preocupação crescente, e figuras como Lionel Messi e Cristiano Ronaldo não escaparam da fiscalização rigorosa da Justiça espanhola. Neste artigo, vamos relembrar alguns dos jogadores que enfrentaram condenações por fraude fiscal e as consequências que isso trouxe para suas carreiras.

O caso de Lionel Messi: da condenação à multa

Em 2017, Lionel Messi, considerado um dos melhores jogadores da história do futebol, foi condenado pelo Tribunal Supremo da Espanha a 21 meses de prisão por fraude fiscal. Messi e seu pai foram acusados de sonegar impostos em seus rendimentos de direitos de imagem. Na época, o craque argentino recorreu da sentença, mas não obteve sucesso, uma vez que a Justiça considerou as evidências contra ele contundentes. Contudo, a pena de prisão não foi cumprida, já que, sendo réu primário e com uma condenação inferior a 24 meses, Messi tinha o direito de evitar o encarceramento. A punição foi convertida em uma multa de pouco mais de 2 milhões de euros (cerca de R$ 7,6 milhões).

Cristiano Ronaldo e o acordo com a Justiça

Outro gigante do futebol, Cristiano Ronaldo também teve que enfrentar problemas com o fisco espanhol. Em 2019, quando jogava pela Juventus, ele foi chamado para uma audiência em Madrid, relacionada a uma acusação de fraude fiscal entre 2011 e 2014, período em que atuava pelo Real Madrid. Ao invés de enfrentar um julgamento, Ronaldo optou por fazer um acordo com a Justiça, evitando assim uma condenação de 23 meses de prisão. Em contrapartida, ele foi sentenciado a pagar uma multa significativa de 18,8 milhões de euros (cerca de R$ 80,2 milhões).

Outros jogadores em apuros

Não foram apenas Messi e Ronaldo que enfrentaram a Justiça por questões fiscais. Luka Modric, jogador do Real Madrid, e Marcelo, ex-companheiro de equipe, também tiveram suas quotas de problemas. Modric foi condenado por evasão fiscal, mas sua pena de oito meses de detenção não resultou em encarceramento, já que ele não tinha antecedentes criminais e a condenação era inferior ao teto de dois anos estabelecido pela Justiça. O atleta pagou uma multa de aproximadamente 1,2 milhão de euros (R$ 5,8 milhões).

Marcelo, por sua vez, foi acusado de um delito fiscal em 2013 e, após um acordo com a Justiça em 2018, recebeu uma pena de quatro meses de prisão, que não foi cumprida dada a sua colaboração nas investigações. O lateral pagou uma multa de cerca de 196,3 mil euros (aproximadamente R$ 964 mil) para resolver a situação.

As repercussões no mundo do futebol

Esses casos aumentam a preocupação em torno da transparência financeira no mundo do futebol. A evasão fiscal não é um problema restrito a jogadores, mas a esfera esportiva frequentemente se torna o foco das atenções devido ao estilo de vida extravagante de seus protagonistas e à grande quantidade de dinheiro que circula nesse meio. A história de Diego Costa, que também enfrentou a Justiça por irregularidades fiscais, é apenas mais um exemplo do quanto a lei pode atingir mesmo aqueles que estão no auge da carreira.

Em 2020, Costa foi condenado a seis meses de prisão e a pagar uma multa de 579,2 mil euros (R$ 3,56 milhões), além de já ter quitado parte da dívida com a Receita. Sua situação enfatiza a importância de estar em conformidade com as obrigações fiscais, mesmo quando se é uma figura pública admirada mundialmente.

Samuel Eto’o: o caso mais grave

Por fim, o ex-jogador camaronês Samuel Eto’o teve a pena mais severa entre todos os mencionados. Em 2022, Eto’o foi condenado a 22 meses de prisão por fraude em declarações de renda entre 2006 e 2009, enquanto atuava pelo Barcelona. No entanto, a multa total imposta foi de 1,8 milhão de euros, ou cerca de R$ 9,6 milhões, e seu representante também enfrentou a Justiça por ajudar na evasão.

A situação de muitos jogadores de futebol quanto à fiscalização fiscal na Espanha é um alerta para toda a comunidade esportiva. A celebração dos feitos em campo deve vir acompanhada da responsabilidade fora dele, e o futuro pode oferecer mais desafios, já que as autoridades estão cada vez mais atentas às irregularidades fiscais no setor.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes