A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, afirmou nesta terça-feira que a intenção do governo é tornar o Concurso Nacional Unificado (CNU) uma política permanente de Estado. A proposta visa ampliar a frequência de concursos públicos para fortalecer o serviço público brasileiro, mas a implementação total ainda dependerá de fatores políticos e legais.
Futuro do CNU e o calendário de concursos
De acordo com Esther Dweck, o governo trabalha para que o concurso seja uma política contínua, mas não prevê sua realização em 2026, ano eleitoral, devido às restrições que esse período impõe às inscrições e ao execução de concursos públicos. A expectativa é que novas edições do CNU ocorram a partir de 2027, com o objetivo de diminuir os fenômenos de grande fluxo de contratação em curto prazo.
Integração com a Escola Nacional de Administração Pública
Para garantir a efetividade do projeto, a ministra sinaliza uma aproximação maior com a Escola Nacional de Administração Pública (Enap). Segundo ela, a ideia é seguir um caminho semelhante ao do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), envolvendo a Enap na elaboração, organização e execução das provas.
“Nessa edição, chamamos a Enap para estar mais próxima e ajudar na contratação da banca e na operação do concurso”, explicou Dweck. A parceria busca garantir maior eficiência e transparência na realização do CNU.
Perspectivas para o futuro do concurso público
Esther Dweck destacou que, idealmente, os concursos devem ocorrer com menor número de vagas por edição, mas com maior frequência, de modo que o serviço público possa se adaptar melhor às mudanças de geração e às demandas do Estado. Ela espera que, a partir de 2027, o CNU seja realizado com regularidade, promovendo concursos mais perenes e equilibrados.
Desafios atuais e diálogo com o MPF
O governo também enfrenta obstáculos relacionados ao cumprimento de regras de cotas raciais, como destacado pelo Ministério Público Federal (MPF). Em janeiro, o MPF recomendou a suspensão das divulgações dos resultados finais da primeira edição do CNU até que as falhas na legislação relacionadas às cotas fossem resolvidas. O governo afirma que está em diálogo e presta esclarecimentos ao MPF para resolver as questões pendentes.
Próximos passos e expectativas
Segundo a ministra, a realização do concurso de 2025 seguirá seu cronograma, com o anúncio de cargos disponíveis, mas a consolidação do CNU como política de Estado dependerá de ajustes e do cenário político. A expectativa é que, na próxima década, o país possa contar com concursos mais frequentes, eficientes e alinhados às necessidades do funcionalismo público.
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