Brasil, 9 de julho de 2025
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Família cobra investigação após laudo apontar violência na morte de idosa

A família de Maria de Fátima Oliveira exige justiça após laudo apontar que ela foi espancada até a morte em Buriti do Tocantins.

No último dia 7 de novembro de 2024, a tranquilidade da cidade de Buriti do Tocantins foi abalada pelo trágico relato da morte de Maria de Fátima Oliveira, de 62 anos. A idosa foi encontrada sem vida em sua casa pelo filho, mas o que parecia ser uma morte natural esconde uma história de violência brutal, conforme revelou laudo pericial realizado pelo Instituto Médico Legal (IML). Este caso traz à tona questões sobre a segurança pública e a importância de um acompanhamento investigativo mais profundo, especialmente em casos que inicialmente parecem rotineiros. A família de Maria, desconfiada do boletim de ocorrência, solicitou uma investigação mais minuciosa e agora aguarda respostas sobre a morte da matriarca.

A morte de Maria de Fátima e as dúvidas da família

Maria de Fátima foi encontrada caída em uma dispensa, sobre uma mala, situação que inicialmente foi atribuída a causas naturais. No entanto, seu histórico de saúde, que não apontava para problemas graves, e a ausência de dinheiro em sua casa levantaram suspeitas na família. Núbia Lafaete, filha de Maria, declarou que sua mãe sempre lidou com dinheiro vivo, guardando-o em casa, e estranhou o fato de não ter encontrado nada após a morte.

A desconfiança levou a família a solicitar uma nova perícia, e os resultados foram estarrecedores. O laudo do IML confirmou que Maria apresentava escoriações nos joelhos e cotovelos, sugerindo que a idosa havia sido arrastada. Além disso, encontraram lesões no rosto e a causa da morte foi determinada como asfixia. O relatório concluiu que as agressões foram diretamente físicas, sem o uso de armas, indicando um crime com profundas emoções e motivações.

Manipulação da cena do crime e dificuldades na investigação

A situação se complicou ainda mais devido ao comprometimento da cena do crime. A Polícia Civil revelou que muitas pessoas adentraram a casa imediatamente após a morte, prejudicando a coleta de evidências. A única área isolada foi a dispensa onde Maria estava, o que torna a identificação de possíveis vestígios, como manchas de sangue ou marcas de arraste, extremamente difícil. A manipulação do corpo após a morte, conforme detalhado pelo laudo, sugere uma tentativa de encobrir as verdadeiras circunstâncias da morte.

Em uma declaração poderosa, Núbia afirmou: “Até hoje não vimos justiça, e é isso que a gente quer. Eu sei que nada vai trazer minha mãe de volta, mas a gente quer justiça.” Tal clamor não é apenas um grito de desespero, mas sim um pedido legítimo por respostas em meio a uma investigação que ainda não identificou suspeitos ou prendeu quaisquer envolvidos no crime.

Investigações em andamento e o papel da sociedade

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Tocantins confirmou que as investigações estão em andamento, com acompanhamento do Ministério Público do Estado do Tocantins (MPTO). No entanto, até o momento, pouco progresso foi reportado. A família de Maria de Fátima é um exemplo da luta de muitas famílias brasileiras que buscam justiça frente a circunstâncias trágicas, e suas vozes precisam ser ouvidas em um sistema que muitas vezes parece lento e burocrático.

Esse caso não é isolado; ele ecoa a realidade de um número crescente de casos de violência contra idosos no Brasil. Ao demandar justiça para Maria de Fátima, a família espera não apenas a punição dos responsáveis, mas também um alerta sobre a necessidade de proteção e supervisão às pessoas da terceira idade, que muitas vezes estão vulneráveis e expostas a abusos.

É fundamental que a sociedade não se cale e continue pressionando por esclarecimentos sobre a morte de Maria de Fátima, bem como de outros casos em que justiça é necessária. A investigação deve se desenvolver com seriedade e celeridade para que a memória da idosa não se perca na impunidade e na frieza do cotidiano.

Assim, a busca por respostas e a luta por justiça em nome de Maria de Fátima Oliveira transcende sua tragédia pessoal, tornando-se um apelo coletivo por segurança e respeito à vida humana.

Para mais informações sobre o caso e desdobramentos, siga o perfil do g1 Tocantins nas redes sociais e mantenha-se atualizado.

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