Brasil, 9 de julho de 2025
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Dólar cai e Ibovespa recua na manhã diante de tensões comerciais globais

Mercado brasileiro acompanha os efeitos das tarifas de Trump e expectativas sobre juros nos EUA nesta quarta-feira (9)

Nesta manhã de quarta-feira (9), o dólar iniciou a sessão em leve alta, cotado a R$ 5,4596, antes de recuar 0,59%, fechando a véspera a R$ 5,4453. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, também opera em queda, na casa dos 139.303 pontos, após recuar 0,13% na véspera.

Impacto das tensões comerciais e expectativas sobre juros nos EUA

O mercado financeiro monitora os desdobramentos do pacote de tarifas anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que promete enviar novas cartas a parceiros comerciais, estabelecendo tarifas mínimas de 25% a 40% para exports a partir de agosto. Na segunda-feira (7), Trump já havia notificado 14 países sobre a medida, e a expectativa é de novas ações nesta quarta.

Apesar do avanço dessa ameaça, a decisão de prorrogar para agosto a retomada das tarifas gerou preocupação entre os investidores, que temem aumento de preços ao consumidor e custos de produção, elevando a inflação e pressionando o Federal Reserve (Fed) a manter os juros altos por mais tempo. A ata da última reunião do Fed, em junho, deve trazer pistas sobre a trajetória futura das taxas de juros, enquanto a economia americana continua aquecendo.

Contexto doméstico e movimentos do mercado brasileiro

No Brasil, o mercado acompanha a reunião entre o ministra da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Câmara, Hugo Motta, que discutiram medidas para aumentar o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF). Além disso, dados do IBGE revelaram que as vendas do varejo de maio recuaram 0,2%, sinalizando uma perda de dinamismo na economia brasileira, que acumula ganho de 0,32% no mês e 15,81% no ano.

De acordo com análises, a combinação de fatores externos e internos mantém a volatilidade no câmbio e na bolsa. Até o momento, o dólar acumula alta de 0,39% na semana e 0,22% no mês, enquanto o índice da Bolsa brasileira registra perda de 0,58% na semana e avanço de 0,32% no mês.

Ações de Trump e reação internacional

Trump enviou cartas às nações do mundo, fixando tarifas mínimas de 25% a 40% que terão validade em agosto, e afirmou que países do bloco dos BRICS receberão uma tarifa de 10% em breve, por tentarem fragilizar o dólar e prejudicar os EUA. Em resposta, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, ressaltou a soberania dos países do bloco e defendeu o multilateralismo.

As declarações do republicano reacenderam as preocupações globais, com a China criticando o uso de tarifas coercitivas e a Rússia defendendo a postura do BRICS como uma reforma da ordem mundial. Tais movimentos aumentam o risco de retaliações que podem afetar o crescimento mundial e pressionar a inflação.

Perspectivas futuras

Enquanto isso, a União Europeia negocia para evitar tarifas adicionais sobre setores estratégicos, como tecnologia e agricultura, com propostas de concessões comerciais. Os próximos dias serão decisivos para determinar o ritmo das políticas tarifárias, fundamentais para o cenário de crescimento global e das políticas monetárias, especialmente nos EUA, onde o Fed permanece atento à evolução da inflação e aos efeitos econômicos das tarifas.

Para o mercado brasileiro, a expectativa é de continuidade da volatilidade, com atenção especial às próximas decisões do governo e aos indicadores econômicos previstos para os próximos dias, incluindo as vendas do varejo, que indicam uma perspectiva de desaceleração da economia nacional.

Mais informações podem ser vistas no site do G1.

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