Brasil, 9 de julho de 2025
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Deputado Júnior Mano tem patrimônio reduzido enquanto é investigado

O deputado federal Júnior Mano (PSB-CE) registra queda significativa em seu patrimônio em meio a investigações da Polícia Federal.

O deputado federal Júnior Mano (PSB-CE), que está no centro de uma operação da Polícia Federal (PF), viu seu patrimônio cair drasticamente entre 2018 e 2022. A informação, divulgada pelo jornalista Guilherme Amado, foi confirmada pelo GLOBO e levanta questões sobre a integridade do político, especialmente em um momento em que ele se encontra sob investigação por possíveis fraudes em licitações.

Redução patrimonial durante dois mandatos

Na sua primeira candidatura ao Legislativo Federal, em 2018, Júnior Mano declarou à Justiça Eleitoral R$ 2,1 milhões em bens. Entre os ativos, estavam um apartamento avaliado em R$ 400 mil, três terrenos que somavam R$ 65 mil e um veículo que custou R$ 200 mil. A maior parte do seu patrimônio era composta por R$ 1,4 milhão em quotas empresariais.

No entanto, ao se candidatar novamente em 2022, desta vez pelo PL, ele reportou somente R$ 371 mil em bens ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Essa quantia incluía uma reserva em espécie de R$ 20 mil, uma participação financeira na empresa GJM Distribuidora Ltda. e um carro Hilux de 2019 avaliado em R$ 311 mil. Essa drástica queda de patrimônio levanta questionamentos sobre a origem e o manejo dos recursos de Mano.

Operação da Polícia Federal e emendas sob investigação

A operação da PF envolve a execução de mandados de busca e apreensão em várias localizações ligadas ao deputado, incluindo Brasília e Fortaleza. Além disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) bloqueou R$ 54,6 milhões em contas de indivíduos e empresas investigados no contexto. O ministro Gilmar Mendes é o relator do caso, que conta com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU).

Em resposta às acusações, a assessoria de Júnior Mano emitiu uma nota negando qualquer irregularidade e afirmando que ao final das investigações, a “sua correção de conduta” será reconhecida. A declaração ressalta que o deputado não se envolve em licitações ou na gestão de despesas em prefeituras.

A investigação e suas origens

As acusações contra Júnior Mano surgiram após uma denúncia feita por uma ex-prefeita de Canindé (CE) durante a campanha eleitoral do ano passado. Ela alegou a existência de um esquema de compra de votos que envolvia recursos provenientes de emendas parlamentares e contratos de licitação corrompidos. Segundo sua declaração ao Ministério Público, o grupo que coordenava essa atividade era liderado por Carlos Alberto Queiroz, candidato à reeleição em Choró, que agora se encontra foragido.

A ex-prefeita afirmou que a estratégia de compra de votos envolvia o desvio de recursos de contratos firmados por meio de empresas de fachada. As declarações dela estão documentadas no inquérito que tramita na Justiça Eleitoral do Ceará e serviram de base para operações da PF já realizadas.

Implicações e desdobramentos futuros

A investigação sobre Júnior Mano é uma das várias ações da Polícia Federal em resposta às fraudes eleitorais e ao desvio de verbas públicas. No cenário atual, as alegações se somam a uma crescente pressão pública por maior transparência nas práticas políticas no Brasil.

Com a revelação de uma redução significativa em seu patrimônio e a gravidade das reclamações feitas contra ele, Mano pode enfrentar consequências legais severas se as evidências corroborarem as alegações. A sociedade civil e os eleitores ficarão atentos ao desenrolar dos acontecimentos, buscando responsabilização e melhorias nos processos eleitorais e administrativos do país.

Enquanto isso, o deputado continua a se posicionar como um defensor da legalidade e promete colaborar com as investigações para provar sua inocência.

Com o avanço das investigações, a imagem pública de Júnior Mano está em risco, e o caso poderá ter repercussões significativas nas suas futuras atividades políticas.

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