No último dia 1º de julho, o então presidente Donald Trump visitou o novo centro de detenção de imigração na Flórida, apelidado de “Alligator Alcatraz”, que está localizado na região dos Everglades. A instalação, inaugurada em menos de oito dias com apoio do governador Ron DeSantis, rapidamente virou alvo de críticas devido às condições precárias encontradas no local, incluindo problemas de infiltração causada por fortes chuvas de verão.
Construção rápida e condições precárias no “Alligator Alcatraz”
A rápida montagem do centro foi um dos principais destaques promovidos pelo governo da Flórida, que utilizou uma ordem de emergência para tomar posse do Dade-Collier Training and Transition Airport, com financiamento de fundos do programa de apoio a migrantes do FEMA. Contudo, reportagem do Tampa Bay Times revelou que uma forte tempestade trouxe problemas de infiltração de água nas instalações, que já apresentavam indefinições sobre sua resistência diante de furacões.
Segundo comunicado da divisão estadual de emergência, os problemas de infiltração foram resolvidos após a tempestade, com vendedores reforçando as costuras para evitar entradas de água. Ainda assim, especialistas alertam que a construção rápida e em uma área de risco como os Everglades pode gerar futuras crises, especialmente em época de furacões.
Reações nas redes sociais e críticas ao projeto
Comentários de críticos e legisladores nas redes sociais não pouparam críticas às condições do centro. “Construído pela metade, como muitas políticas”, comentou um internauta no Twitter, refletindo a percepção de que o projeto foi feito às pressas e de forma negligente.
De acordo com a legislação local, o clima da região com aproximadamente 60 polegadas de chuva anuais e a vulnerabilidade a furacões de até Categoria 2 elevam o risco de problemas contínuos na instalação, que foi avaliada como apenas “meio seguro” diante de emergências climáticas by Kevin Guthrie, diretor da divisão de emergência da Flórida.
Implicações e futuro do centro de detenção
Pessoas envolvidas no debate afirmam que, apesar das alegações de que os problemas de infiltração foram resolvidos, o fato de a instalação ter sido construída em tempo recorde evidencia uma gestão pouco eficiente e uma preocupação maior com a velocidade do que com a segurança de quem será detido lá.
Especialistas afirmam que a instalação, além de representar um risco real diante das condições climáticas da região, demonstra um padrão de negligência na gestão de instalações de detenção, potencialmente violando direitos humanos fundamentais de migrantes e solicitantes de asilo.
Por ora, o centro continua sob observação, com a expectativa de futuras inspeções que possam avaliar de forma mais aprofundada suas condições estruturais e operacionais. A polêmica tende a continuar enquanto as questões de segurança não forem adequadamente endereçadas pelas autoridades responsáveis.
