Brasil, 9 de julho de 2025
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Clubs de ondas artificiais chegam a São Paulo, mudando o jeito de surfar na cidade

Com piscinas de ondas, novos clubes de surfe oferecem lazer exclusivo na cidade, atraindo famílias de alta renda

Para os surfistas de São Paulo, pegar ondas sempre foi um desafio logístico, exigindo sair cedo para praias distantes para evitar o trânsito e condições ruins. No entanto, a partir de 2026, isso pode mudar com a inauguração de dois clubes de ondas artificiais na cidade, ambos próximos ao Rio Pinheiros, com atividades que vão além do surfe, incluindo tênis, spa e restaurantes.

Novos clubes de ondas e o mercado de lazer de luxe em São Paulo

Localizados a apenas seis quilômetros um do outro, os projetos representam um avanço no setor de lazer premium. Além das piscinas de ondas, os clubes oferecerão opções como squash, simulador de esqui, pista de skate e espaços de convivência, voltados para famílias com alto poder aquisitivo.

Segundo Augusto Martins, CEO da JHSF Participações, responsável pelo projeto Beyond the Club, o investimento é de cerca de R$ 1,4 bilhão, com previsão de vendas totais de R$ 2,3 bilhões. O empreendimento contará ainda com um heliponto para facilitar o acesso de seus clientes de alta renda.

Paisagens urbanas e o crescimento do surfe de luxo no Brasil

Gabriel Medina, tricampeão mundial e sócio do Beyond the Club, destacou o potencial do Brasil na inovação de piscinas de ondas, dizendo que “é uma loucura o que o Brasil está fazendo com piscinas de ondas”. O país, mesmo com litoral de cerca de 7.450 quilômetros, possui uma forte presença no circuito mundial de surfe, com cerca de 30% dos atletas da World Surf League sendo brasileiros.

Clientes de diferentes regiões e o preço das assinaturas

O interesse por clubes de surfe não se limita a São Paulo. Surfistas do Rio de Janeiro, que possuem praias famosas como Ipanema e Copacabana, já adquiriram assinaturas nestes clubes para aproveitar ondas de alta qualidade de forma mais prática e confortável. Também há membros de Mato Grosso do Sul, mais de 960 quilômetros da costa, que buscam alternativas próximas de casa.

As tarifas variam de R$ 700 mil no Beyond the Club até R$ 1 milhão no São Paulo Surf Club da JHSF, valores considerados elevados mesmo para o setor de luxo. Oscar Segall, fundador da KSM Realty, afirmou que “a tecnologia ainda é muito cara”, mas que há potencial de crescimento, uma vez que “todo mundo quer surfar”.

Tecnologia, inovação e o crescimento global dos clubes de ondas

Empresas como a Wavegarden, da Espanha, e a American Wave Machines, da Califórnia, fornecem as tecnologias para essas piscinas de ondas. Segundo Fernando Odriozola, da Wavegarden, o Brasil é atualmente um dos mercados mais importantes do mundo para a tecnologia, com planos para desenvolver projetos em Goiás, Madri, Virginia Beach e Coachella.

O investimento em piscinas de ondas pode variar entre € 10 milhões e € 35 milhões (US$ 11,5 milhões a US$ 40,2 milhões), dependendo do projeto. A Wavegarden já possui 60 projetos em diferentes estágios ao redor do mundo, incluindo operações na Espanha, Estados Unidos, Japão e projetos futuros na China e Utah.

Perspectivas e impacto no mercado de luxo

Segundo especialistas, a tendência é que esses clubes atraiam tanto iniciante quanto profissionais, oferecendo uma experiência mais controlada do que o surfe no mar aberto. Além de fortalecer o setor de lazer de alta renda, esses empreendimentos elevam o padrão de exclusividade na cidade, combinando inovação tecnológica e lifestyle.

Para o mercado imobiliário de luxo, a instalação dessas piscinas representa uma mais-valia em condomínios fechados, além de atrair um público internacional que busca experiências exclusivas e de alta performance. Com investimentos expressivos e um mercado em expansão, o surfe de luxo promete revolucionar o lazer na metrópole.

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