Brasil, 9 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Carlo Ancelotti condenado a um ano de prisão por fraude fiscal

O técnico da seleção brasileira, Carlo Ancelotti, é condenado a pagar multa de 387 mil euros e enfrenta um ano de prisão.

O renomado técnico da seleção brasileira de futebol, Carlo Ancelotti, foi condenado a um ano de prisão e a pagar uma multa de 387 mil euros (aproximadamente R$ 2,47 milhões) por fraude fiscal. A sentença foi proferida devido a ações cometidas em 2014, enquanto ele ainda era treinador do Real Madrid. Além da pena, Ancelotti também terá restrições para obter auxílios ou subsídios públicos por um período de três anos, mas o valor de seu salário na seleção brasileira permite que ele quite a multa em apenas 14 dias.

Detalhes da pena e do salário de Ancelotti

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou a contratação de Carlo Ancelotti com um salário anual de 10 milhões de euros, ou seja, mais de R$ 63,8 milhões. Este valor representa uma remuneração mensal de cerca de R$ 5,3 milhões, o que significa que o treinador precisa de menos de um mês de trabalho para saldar a multa imposta pela Justiça.

  • Salário anual: R$ 63.874.000,00
  • Multa: R$ 2.471.923,80
  • Tempo de quitação da multa: 14 dias

O caso da fraude e as alegações

A acusação contra Ancelotti surge de um esquema que começou em 2014, quando o treinador utilizou empresas de fachada para ocultar ganhos recebidos por direitos de imagem e outras fontes, como propriedades. Durante seu depoimento ao Tribunal Superior de Justiça de Madri, ele mencionou que essa forma de pagamento foi sugerida pelo Real Madrid e que era uma prática comum entre jogadores e treinadores na época. “Todos os jogadores o fazem”, afirmou Ancelotti, tentando justificar sua conduta.

Entretanto, o caso resulta em uma série de acusações que buscam responsabilizar figuras esportivas por evasão fiscal, refletindo um fenômeno recorrente na Espanha. Os promotores argumentaram que Ancelotti manipulou suas declarações de impostos, relatando apenas o salário que recebia e omitindo os rendimentos provenientes de direitos de imagem, que ultrapassavam um milhão de euros.

Repercussão e possibilidades futuras

A condenação de Ancelotti levanta discussões sobre a responsabilidade fiscal de estrelas do esporte e a pressão existente em relação ao cumprimento das normas tributárias. Casos anteriores relevantes, envolvendo jogadores de renome, muitas vezes resultaram em acordos extrajudiciais, evitando penas severas e possibilitando assim que as sentenças fossem suspensas.

A pena imposta aos profissionais do futebol que cometem fraudes fiscais pode variar, mas a decisão de um tribunal e posterior condenação de Ancelotti representa um forte sinal de que a legislação fiscal na Espanha é rigorosa, especialmente quando se trata de figuras públicas. O caso continuará a ganhar atenção, visto que a imagem de Ancelotti está profundamente ligada ao sucesso do futebol brasileiro.

A conclusão da defesa de Ancelotti

No tribunal, Ancelotti reafirmou que nunca teve a intenção de fraudar o fisco e que ele mesmo não estava ciente de que a estrutura de pagamento utilizada acarretaria em vantagens fiscais. “Nunca considerei cometer fraude”, disse ele, evidenciando que a prática era uma norma entre seus pares na época. Se a apelação for apresentada, o futuro do técnico poderá mudar, mas a condenação atual é um marco na carreira do italiano, trazendo novas responsabilidades à sua gestão na seleção brasileira.

Com a condenação, caberá a Ancelotti não apenas lidar com a multa e a pena de prisão, mas também demonstrar sua capacidade de liderar a equipe em um momento em que seu nome se tornou mais associado a este escândalo do que a suas conquistas esportivas.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes