Brasil, 9 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Banco Central mantém meta de inflação em 3% para 2024 e 2025

Gabriel Galípolo afirma que mudar a meta de inflação seria prejudicial à credibilidade da moeda

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reafirmou nesta quarta-feira (9/7) a meta de inflação de 3% para este e o próximo ano, afirmando que não há planos para revê-la. Em audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, Galípolo destacou que modificar a meta seria prejudicial para o país.

A importância da meta de inflação

Durante sua explanação, Galípolo fez uma declaração impactante: “Falar em mudar a meta é mostrar que o país está confortável com uma moeda que perde mais valor ano a ano. Ninguém vai segurar um ativo que desvaloriza. E não há nada mais danoso para a sociedade do que destruir a moeda. É uma instituição que depende de credibilidade.” Essa defesa enfática sublinha a necessidade de manter um objetivo claro na política econômica, algo considerado vital para a estabilidade financeira do Brasil.

O cenário econômico atual

Galípolo foi convocado para prestar esclarecimentos sobre a atuação do Banco Central na economia, incluindo a eventual autorização da aquisição do Banco Master pelo BRB, Banco de Brasília. Essa audiência ocorre em um momento delicado, onde a inflação tem gerado preocupações por parte dos cidadãos e das entidades governamentais.

Atualmente, o Brasil enfrenta desafios significativos, com a taxa básica de juros, a Selic, situada em 15% ao ano. Após um ciclo de aumentos iniciados pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que implementou a sétima elevação consecutiva, Galípolo indicou que esse movimento de alta pode ter chegado ao seu fim. Contudo, o mercado permanece apreensivo, especialmente com a inflação acumulada de 5,32% nos últimos 12 meses até maio, superando a meta estabelecida.

A meta de inflação e suas implicações

Para os anos de 2025 e 2026, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estipulou a mesma meta de 3%, permitindo uma variação de 1,5 ponto percentual, ou seja, estabelecendo um piso de 1,5% e um teto de 4,5%. Essa continuidade na meta de inflação é vista como uma estratégia para controlar as expectativas e guiar a política econômica do país.

Além disso, a partir deste ano, a meta de inflação será contínua, com o índice sendo apurado mensalmente. Se o acumulado em 12 meses ultrapassar o intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, a meta será considerada descumprida. A expectativa para junho é que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) indique uma inflação de 0,23%, o que poderá impactar as metas futuras.

A credibilidade do sistema financeiro

Galípolo enfatizou também a importância da credibilidade do sistema financeiro e a necessidade de garantir que o Banco Central mantenha uma postura firme em relação à sua meta de inflação. A confiança em uma moeda está intimamente ligada à sua estabilidade, e qualquer sinal de desvio pode afetar não apenas a economia, mas também a percepção pública sobre as instituições que a governam.

“A normalização da transmissão da política monetária não será realizada por meio de uma solução simples ou de uma ‘bala de prata’, mas sim através de múltiplas medidas que fortalecerão a economia”, declarou Galípolo, reforçando a ideia de que ações focadas e bem estruturadas são essenciais para enfrentar a inflação de forma eficaz e responsável.

Perspectivas futuras

Com a obrigação de garantir que as expectativas de inflação sejam geridas de forma eficaz, o Banco Central e seu presidente, Gabriel Galípolo, se encontram em um papel crítico. A manutenção da meta de inflação em 3% não é apenas uma questão técnica, mas um reflexo da responsabilidade do governo em preservar o poder aquisitivo da população e a estabilidade econômica do Brasil.

O impacto dessas decisões se estenderá para além da esfera econômica, influenciando a vida cotidiana dos cidadãos, seus salários e o acesso a bens e serviços. Com a inflação sendo uma constante preocupação, as palavras de Galípolo e as políticas do Banco Central servirão para moldar o futuro econômico do país.

Com a divulgação oficial da inflação prevista ocorrer nesta quinta-feira (10/7), todos os olhares estarão voltados para o Ipca e as suas implicações na condução das políticas monetárias futuras.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes