Brasil, 10 de julho de 2025
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A lei cruel e desastrosa que os republicanos aprovaram na Câmara

Aprovada na Câmara, lei de cortes fiscais e de cortes na saúde ameaça serviços e aumenta dívidas, com impacto devastador para os brasileiros

Os republicanos aprovaram nesta quinta-feira (22) um projeto de lei que elimina programas essenciais, amplia créditos fiscais para os ricos e aumenta a dívida do país, agravando a crise social e econômica. A legislação agora depende da aprovação de Donald Trump para entrar em vigor.

Impactos na saúde e no bem-estar social

A nova lei prevê cortes de mais de US$ 4,5 trilhões em impostos, com efeitos não compensados por cortes de mais de US$ 1 trilhão em programas de alimentação e saúde, incluindo uma redução potencial na assistência do Medicaid, que pode prejudicar hospitais em áreas rurais e vulneráveis. “Este projeto tira dos mais vulneráveis para favorecer os privilegiados”, afirmou o deputado democrata Jim McGovern, durante o debate na Câmara.

Medidas que prejudicam os mais pobres

Entre as principais mudanças estão requisitos de trabalho para adultos sem deficiência no Medicaid, obrigando comprovações de emprego ou voluntariado, apesar de o Congressional Budget Office (CBO) ter previsto que tais medidas dificilmente levariam a uma melhora na cobertura de saúde.

Aumento recorde de dívida e cortes fiscais beneficiando os ricos

Com previsão de elevar a dívida do país em pelo menos US$ 3,4 trilhões, o projeto reafirma a aposta de que os cortes de impostos estimados pelo governo criarão crescimento econômico suficiente para pagar a conta. No entanto, críticos alertam que isso aumentará a desigualdade e comprometerá a sustentabilidade do país.

Enfraquecimento da assistência social

O projeto também impõe novas condições ao programa de assistência nutricional SNAP, incentivando estados a reduzir a participação de beneficiários, uma política que pode aumentar a insegurança alimentar entre as famílias de baixa renda.

Reforço às ações de deportação e fortalecimento do ICE

O financiamento da lei destina-se a ampliar significativamente as ações de deportação, com US$ 150 bilhões destinados ao Immigration and Customs Enforcement (ICE), incluindo US$ 45 bilhões para novos centros de detenção e US$ 29 bilhões para novos agentes. Essas medidas reforçam a estratégia de Trump para intensificar a expulsão de imigrantes ilegais, incluindo, segundo o próprio ex-presidente, a possibilidade de deportação de cidadãos nascidos nos EUA.

“Estamos transformando o ICE em uma força paramilitar”, alertou a deputada Alexandria Ocasio-Cortez, criticando o impacto social dessas ações.

Reação e perspectivas

Durante a votação, deputados republicanos que inicialmente se opuseram ao projeto acabaram votando a favor após pressões e ameaças de Trump. A legislação foi aprovada por uma margem estreita de 218 a 214 votos, com a oposição democrática unificada.

O líder democrata Hakeem Jeffries condenou o projeto como um ataque à saúde pública e uma traição aos princípios do país, enquanto a oposição alertava sobre os riscos de aumento do desemprego, insegurança alimentar e degradação dos direitos civis.

O próximo passo será a assinatura de Trump para que o projeto entre em vigor. Especialistas preveem que suas consequências serão sentidas por milhões de brasileiros e imigrantes, aprofundando desigualdades e descontrole fiscal.

Este avanço político marca um momento de grande instabilidade nas políticas sociais e econômicas dos Estados Unidos, com reflexos globais e brasileiros, especialmente na discussão sobre direitos civis, assistência social e responsabilidade fiscal.

Artigo originalmente publicado no HuffPost e atualizado para o contexto brasileiro
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