Brasil, 8 de julho de 2025
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Trump ameaça países do Brics e mantém tarifas de importação

Presidente americano afirma que países do Brics tentarão pagar caro por desafiar domínio do dólar e reforça tarifas recíprocas a partir de agosto

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira que os países do grupo Brics — Brasil, Rússia, Índia e China — tentam destruir o domínio do dólar e que pagarão um alto preço por isso. Durante uma reunião de gabinete, Trump anunciou a aplicação de uma sobretaxa de 10% às exportações desses países e a todos que se alinharem ao bloco.

Trump reforça ameaça de tarifas ao Brics e ao dólar

Segundo o presidente americano, o grupo não representa uma ameaça séria, mas destacou que “o dólar é rei” e que os EUA trabalharão para manter essa condição: “Perder o lugar do dólar como padrão mundial seria como perder uma guerra”, afirmou. Trump também confirmou que não irá adiar o prazo de 1º de agosto para a entrada em vigor das tarifas recíprocas nos Estados Unidos.

Essas tarifas, que incidirão sobre importações de países que não fecharem acordos comerciais com os Estados Unidos, visam proteger a economia americana e fortalecer a moeda nacional. Além da sobretaxa de 10% ao grupo Brics, Trump planeja implementar uma tarifa de 50% sobre o cobre e conceder pelo menos um ano de prazo para fabricantes de produtos farmacêuticos ajustarem suas operações antes de aplicar taxas sobre produtos importados.

Reação de Lula ao discurso de Trump e defesa da soberania brasileira

Após passar a manhã com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não aceita “nenhuma reclamação” sobre o Brics. Em resposta às ameaças de Trump, Lula reforçou que o Brasil é uma nação soberana e criticou os insinuações de tarifas ao grupo.

“Nós não aceitamos nenhuma reclamação contra a reunião do Brics. Por isso que não concordamos quando ontem (segunda-feira) o presidente dos EUA insinuou que vai taxar os países do grupo”, afirmou o presidente brasileiro. A postura reforça a posição de independência do Brasil em relação às pressões externas no cenário internacional.

Contexto e possíveis impactos econômicos

As declarações de Trump e a resposta de Lula ocorrem em um momento de tensões globais, enquanto o grupo Brics busca fortalecer sua influência econômica e política. O alerta do presidente americano reforça o cenário de conflito comercial, com potenciais consequências para o comércio mundial e o valor do dólar.

Especialistas avaliam que a postura de Trump pode intensificar a disputa por liderança financeira, enquanto o Brasil tenta consolidar sua posição no cenário internacional sem perder sua autonomia. As próximas semanas serão decisivas para entender os efeitos dessas ações no mercado global e na relação entre os países do Brics e os Estados Unidos.

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