Brasil, 8 de julho de 2025
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Sean “Diddy” Combs é condenado por dois crimes menores e é absolvido de acusações mais graves

Na manhã desta sexta-feira (21), um júri de Manhattan declarou o fundador da Bad Boy Records, Sean “Diddy” Combs, culpado em duas acusações de transporte para prostituição, enquanto foi absolvido de acusações mais graves de tráfico sexual por força, fraude ou coerção e conspiração de extorsão. O resultado encerra uma semana tensa de julgamento, que revelou detalhes chocantes sobre a vida privada do artista e empresário.

Decisão do júri e próximos passos

Combs foi condenado por transportar suas ex-parceiras, Cassie Ventura e uma mulher anônima referida como Jane, para participar de encontros sexuais com prostitutos masculinos, violações da Lei Mann, que regula o tráfico de pessoas nos Estados Unidos. Ele enfrenta uma pena que pode chegar a até 20 anos de prisão, mas ainda não há data marcada para a sentença oficial.

Durante o julgamento, o artista optou por não prestar depoimento e rejeitou um acordo de plea bargaining antes do início do processo, o que intensificou a atenção da mídia. Seus advogados também não chamaram testemunhas, embora tenham solicitado duas vezes a anulidade do processo por alegada má conduta do Ministério Público, pedidos esses que foram indeferidos.

O processo e as acusações

Testemunhos e evidências

Ao longo das semanas, foram ouvidos 34 testemunhos de ex-funcionários, agentes de polícia e ex-parceiras, incluindo Cassie Ventura e a pseudônima Jane. Ambas relataram terem sido forçadas por Combs a participar de “freak-offs”, encontros sexuais com prostitutos, muitas vezes sob efeito de drogas como Ecstasy e MDMA. Cassie Ventura revelou que, durante o período do crime, ela foi coagida e usada como companhia para os encontros, além de ter sido vítima de chantagem por parte de Regina Ventura, mãe da ex-parceira, que testemunhou que Combs pediu US$ 20 mil e ameaçou divulgar vídeos íntimos.

Relatos de violência e abuso

Jane também relatou que sofreu violência física e assédios, descrevendo encontros “sombrios” e “sujos”, nos quais ela tentou sinalizar que queria parar, mas foi ignorada por Combs, que a incentivava a “terminar forte” enquanto assistia às sessões. Testemunhos de outros envolvidos, como Daniel Phillip, um trabalhador sexual, e Israel Florez, ex-porteiro de hotel, também reforçaram as alegações de abuso e agressão.

Repercussões e declarações

Entre as testemunhas famosas estavam Dawn Richard, ex-colega de banda de Combs, que declarou que o produtor havia agredido várias mulheres, incluindo uma tentativa de ataque a Ventura com uma frigideira em 2009. Kid Cudi, ex-namorado de Ventura, também contou ter sofrido retaliações após seu relacionamento com ela ser revelado. O julgamento trouxe à tona uma série de comportamentos violentos, apesar da defesa admitir que Combs tinha um passado turbulento em seus relacionamentos, mas argumentando que isso não configurava tráfico sexual.

Após o veredicto, a advogada de Cassie Ventura, Douglas H. Wigdor, afirmou que a coragem da ex-parceira ajudou a expor a realidade de abusos de homens poderosos da indústria do entretenimento e reforçou o compromisso de continuar a lutar pelos sobreviventes de violência sexual. “Cassie deixou uma marca indelével no combate à impunidade”, declarou Wigdor.

Perspectivas futuras

A defesa de Combs declarou que recorrerá da sentença e que continuará a negar todas as acusações, defendendo que ele não cometeu tráfico sexual. Além disso, o cantor ainda responde a diversas ações civis relacionadas a alegações de assédio e abuso sexual, que não foram abordadas nesta fase do processo.

Este caso reforça o debate contínuo sobre o abuso de poder na indústria do entretenimento e a necessidade de maior responsabilização dos homens influentes. A sentença final, aguardada para as próximas semanas, poderá ser um marco na luta por justiça e proteção às vítimas.

Para mais detalhes, acesse a matéria original do HuffPost aqui.

Justiça, Celebridades, Abusos sexuais, Processo judicial

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