Brasil, 8 de julho de 2025
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Projeto de Greene sobre manipulação do tempo causa perplexidade em meteorologistas

A proposta da deputada Marjorie Taylor Greene de criminalizar a modificação do clima gera críticas e deixou especialistas sem palavras

A deputada republicana Marjorie Taylor Greene (R-Ga.) apresentou um projeto de lei que pretende tornar crime a prática de manipulação do clima, alegando que essa atividade ameaça a segurança pública. A legislação, que ela afirma ter elaborado com apoio de assessores legislativos, é uma resposta a teorias da conspiração que acusam o governo de modificar o tempo por meio de tecnologias secretas.

Polêmica em torno do projeto de lei de Greene

Greene declarou que a proposta pretende combater o que ela chamou de “prática perigosa e mortal de modificação do clima e geoengenharia”. “Precisamos acabar com essas atividades secretas que colocam nossas comunidades em risco”, afirmou a deputada. Ela citou um projeto semelhante aprovado na Flórida, conhecido como Senate Bill 56, como inspiração para sua iniciativa.

Apesar de suas alegações, as explicações divulgadas por órgãos oficiais reforçam que as linhas nos céus, conhecidas como rastros de condensação ou chemtrails, são decorrentes do voo de aviões comerciais e militares, que deixam resíduos de vapor ao colidir com o ar frio em altas altitudes. Segundo a Agência de Proteção Ambiental (EPA), essas trilhas não representam qualquer ameaça ou evidência de atividades de manipulação climática.

Conexões com teorias conspiratórias

Fora do campo científico, há uma longa história de especulações de que governos ou entidades ocultas manipulam o clima usando tecnologias secretas, como a dispersão de químicos no ar — prática conhecida como chemtrails — ou o uso de fertilização de nuvens para induzir chuvas ou nevascas. No entanto, especialistas e órgãos reguladores ressaltam que essas alegações carecem de fundamentação científica sólida.

Entendimento técnico sobre controle do clima

Atividades como a fertilização de nuvens — uma técnica utilizada há décadas para aumentar a precipitação em áreas secas — envolvem a introdução de partículas microscópicas no ar de forma controlada. Diferentemente do que alegam teorias conspiratórias, esses procedimentos são realizados com critérios específicos e sob fiscalização de entidades ambientais.

Reação dos especialistas e o impacto das teorias

Meteorologistas e estudiosos ficam perplexos com o projeto de Greene, que acreditam tratar-se de uma iniciativa infundada e potencialmente perigosa por gerar desinformação. “Não há qualquer evidência de que o clima esteja sendo manipulado por governos e nem de que atividades como chemtrails existam de forma clandestina”, afirma Eduardo Souza, especialista em clima e atmosférica.

Analistas alertam que propostas como essa podem alimentar o medo e desconfiança na sociedade, além de desviar o foco de questões ambientais reais, como as mudanças climáticas causadas pelo próprio ser humano.

Perspectivas futuras

O projeto de Greene ainda precisa passar por tramitações legislativas e enfrenta forte resistência da comunidade científica e de órgãos governamentais. Observa-se, no entanto, que a proposta reflete o atual clima de desinformação crescente acerca das questões ambientais e climáticas nos Estados Unidos.

A discussão evidencia a necessidade de maior esclarecimento público sobre os processos atmosféricos e o impacto real de ações humanas no clima, bem como a importância de combater a desinformação que pode gerar políticas equivocadas e prejudiciais à sociedade.

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