Brasil, 8 de julho de 2025
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Polícia Federal investiga deputado Júnior Mano em operação de corrupção

Deputado é alvo de buscas por suspeita de desvio de recursos públicos em licitações no Ceará.

A Polícia Federal (PF) realizou uma operação de busca e apreensão no gabinete do deputado federal Júnior Mano (PSB-CE) nesta terça-feira, que durou cerca de seis horas. As diligências começaram às 6h30 e se estenderam até as 12h30, com a participação de ao menos cinco policiais federais e agentes da Polícia Legislativa. O deputado nega qualquer tipo de irregularidade.

Operação Underhand e suas implicações

A ação faz parte da Operação Underhand, que investiga uma suposta organização criminosa envolvida no desvio de recursos públicos através de fraudes em licitações e contratos administrativos. Além de Júnior Mano, a operação alcança cinco empresários cearenses, todos sob suspeita de manipulação de processos licitatórios em benefício de empresas ligadas ao esquema. De acordo com a PF, o grupo teria direcionado verbas públicas para municípios cearenses mediante pagamento de propinas.

As investigações apontam que contratos fraudulentos podem ter sido utilizados para financiar campanhas eleitorais de forma ilegal no Ceará, o que, segundo observadores, intensifica a necessidade de transparência nas ações políticas, especialmente com as eleições municipais de 2024 se aproximando. Os investigadores alegam que os recursos desviados podem ter alimentado um esquema de caixa dois.

Detalhes da operação e mandados cumpridos

A operação, que conta com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), inclui o cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As ações não se restringem a Brasília, mas também ocorrem em Fortaleza e em outras quatro cidades cearenses. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 54,6 milhões em contas bancárias relacionadas ao caso.

No início da manhã, o superintendente da PF, Andrei Rodrigues, entrou em contato com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para informar sobre as buscas realizadas na Casa do povo. O trabalho da PF é respaldado por uma denúncia inicial feita pela prefeitura de Canindé, uma das localizações alvos da operação.

Notificações e declarações do deputado

Em uma nota oficial, o deputado Júnior Mano refutou veementemente todas as acusações, ressaltando sua confiança nas instituições democráticas. Ele afirmou: “O deputado Júnior Mano não tem qualquer participação em processos licitatórios, ordenação de despesas ou fiscalização de contratos administrativos.”

Além disso, Mano destacou que como parlamentar, não exerce funções executivas ou administrativas nas prefeituras e que não participa de comissões de licitação. “Estou comprometido com a legalidade, a transparência e a correta função pública”, reiterou, acreditando que ao final da apuração, a verdade será reconhecida.

Implicações legais e futuras investigações

Os crimes em investigação incluem organização criminosa, captação ilícita de votos, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica com finalidade eleitoral. A apuração teve início na superintendência da PF no Ceará, evidenciando a seriedade das denúncias e a intensificação dos esforços para combater a corrupção nas esferas públicas.

Com o aumento das preocupações acerca da corrupção e do uso de recursos públicos em campanhas eleitorais, a situação do deputado Mano e de outros empresários implicados se torna um assunto de ampla relevância para os cidadãos cearenses. O desdobramento dessa investigação será observado de perto, principalmente com a necessidade de garantir que os processos eleitorais se mantenham limpos e transparentes.

Este cenário pode servir de alerta para futuros legisladores e candidatos em busca de um cargo público, mostrando a importância de ética e transparência nas suas ações, para que possamos construir uma sociedade mais justa e responsável.

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