Brasil, 9 de julho de 2025
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Jovem publicitária morre após queda em trilha na Indonésia

Laudo aponta causas da morte de Juliana Marins, de 26 anos, e investigações sobre sua queda continuam.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou que a publicitária Juliana Marins, de 26 anos, faleceu em decorrência de ferimentos múltiplos provocados por uma queda de grande altura durante uma trilha na Indonésia. O laudo do Instituto Médico-Legal (IML), realizado após a chegada do corpo ao Brasil, indicou que a causa imediata da morte foi uma hemorragia interna resultante de lesões severas em órgãos vitais, compatíveis com um impacto de alta energia. A informação foi divulgada pela TV Globo.

Detalhes da queda e do laudo pericial

Segundo o exame realizado no Brasil, a análise estava em linha com o estudo prévio feito na Indonésia, que apontava que Juliana teria morrido cerca de 20 minutos após o acidentado. Contudo, o momento exato da queda ainda não foi determinado. O corpo da jovem foi encontrado quatro dias após seu desaparecimento.

Embora os danos físicos fossem letais em pouco tempo, o relatório pericial sugere que Juliana pode ter enfrentado um período de sofrimento físico e mental antes de falecer. O documento descreve esse intervalo como “período agonal”, durante o qual a vítima estaria em estresse intenso e falência progressiva do organismo.

Os especialistas constataram traumas em várias partes do corpo de Juliana, incluindo crânio, tórax e abdômen, que indicam um único impacto de alta intensidade. Com base nas análises, a estimativa de sobrevida após a queda variava de 10 a 15 minutos, tempo insuficiente para qualquer tipo de mobilização da vítima.

Causas e condições do acidente

O laudo não revelou sinais de desnutrição, uso de substâncias ilícitas ou fadiga extrema. Apesar disso, foram observadas marcas que poderiam ter sido causadas pelo movimento após a queda, possivelmente devido ao relevo acidentado da trilha. O exame também levou em consideração fatores ambientais que poderiam ter contribuído para o acidente, como estresse e desorientação. As condições da trilha podem ter dificultado a tomada de decisões de Juliana antes da queda.

Investigações em andamento

A família de Juliana levantou questionamentos sobre a falta de socorro imediato e se isso teria influenciado o desfecho trágico do caso. O estado do corpo, que chegou ao IML embalsamado, complicou a obtenção de dados conclusivos sobre o ocorrido. A jovem estava sozinha no momento da queda, o que aumenta as dúvidas sobre as circunstâncias que levaram ao acidente. O caso segue em investigação para elucidar os detalhes finais sobre o ocorrido após a queda.

Nova autópsia e inconsistências no atestado de óbito

A nova autópsia foi requisitada pela família, que, por meio da Defensoria Pública da União (DPU), apontou inconsistências no atestado de óbito emitido pela Embaixada do Brasil em Jacarta. O documento, que se baseava nas informações da autópsia indonésia, não esclarecia o momento da morte de maneira precisa. Uma das principais dúvidas gira em torno da possibilidade de omissão de socorro. Imagens de drones capturadas por turistas podem indicar que Juliana teria sobrevivido por mais tempo após a queda.

A família acredita que ela poderia ter aguardado por dias antes do resgate, hipótese que não foi confirmada pelas análises feitas anteriormente. Dependendo dos resultados do novo exame, as autoridades brasileiras poderão investigar possíveis responsabilidades civis ou criminais.

Reação da comunidade e homenagens

A morte de Juliana Marins causou grande comoção na comunidade, que busca maneiras de homenageá-la. Em Niterói, sua cidade natal, estão sendo planejadas placas em trilhas e mirantes em sua memória, enfatizando sua paixão pela natureza e pelas atividades ao ar livre.

A irmã de Juliana compartilhou lembranças da infância e prestou uma última homenagem emocionante nas redes sociais. O caso, além de ser um lembrete trágico sobre a importância da segurança em atividades de risco, também levanta questões sobre o socorro em áreas remotas, onde a comunicação muitas vezes é precária.

A conclusão das investigações e o resultado do novo laudo são aguardados com grande expectativa por familiares e amigos. Em meio à dor, todos esperam por respostas que possam trazer um pouco de paz a esta história trágica.

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