Um caso preocupante de possível negligência ocorreu em Ipiaú, no sul da Bahia, onde uma idosa de 69 anos foi esquecida dentro de uma unidade de saúde enquanto recebia medicação intravenosa. O incidente aconteceu na última segunda-feira, dia 7, e trouxe à tona questões sobre a segurança e o cuidado oferecidos nas instituições de saúde do estado.
O que aconteceu?
Segundo informações, a idosa, que estava recebendo tratamento, ficou sozinha na unidade após o horário de atendimento. Assim que o tratamento foi concluído e o acesso à veia precisou ser retirado, ela notou que não havia mais ninguém presente no local. Em desespero, a mulher ligou para sua filha, Cíntia Assunção, que reside em Salvador.
Reação da família e do município
Cíntia descreveu a situação como “desesperadora”. “Todo mundo foi embora e deixou minha mãe, uma senhora de 69 anos, sozinha. Não tinha enfermeiro, não tinha médico, não tinha porteiro, não tinha ninguém. E detalhe, ela estava com a medicação no braço”, reclamou.
Ela recebeu uma ligação da mãe por volta das 12h, mas a porta da unidade de saúde só foi aberta por volta das 14h, deixando a idosa em um estado de vulnerabilidade extrema. Diante do ocorrido, a família pretende tomar medidas legais contra a unidade, buscando garantir que outras pessoas não passem por uma experiência similar de descaso.
Nota da Prefeitura
Em resposta ao incidente, a prefeitura de Ipiaú lamentou o ocorrido por meio de uma nota oficial. De acordo com a administração municipal, a unidade de saúde em questão costuma fechar durante o horário de almoço, e os funcionários não realizaram a verificação adequada para assegurar que não havia ninguém dentro antes de deixarem o local.
A gestão informou ainda que prestou toda a assistência necessária à idosa logo após o ocorrido e se comprometeu a tomar providências administrativas para investigar e evitar que incidentes semelhantes aconteçam no futuro.
Casos semelhantes em unidades de saúde na Bahia
Infelizmente, este não é um caso isolado. Outros relatos de pacientes esquecidos em situações vulneráveis vêm à tona, como uma mulher que foi deixada em uma máquina de ressonância magnética e uma criança de 3 anos esquecida dentro de uma van escolar. Esses episódios levantam questionamentos sobre a eficiência e a responsabilidade nos cuidados prestados nas instituições de saúde e educação.
As repercussões negativas desses incidentes não apenas afetam a saúde dos indivíduos envolvidos, mas também geram uma perda de confiança nas instituições que têm o dever de proteger e cuidar dos cidadãos. A pressão social está crescendo, e muitas famílias estão buscando justiça e melhorias na qualidade do atendimento.
O que pode ser feito
Para evitar que situações como a ocorrida em Ipiaú se repitam, é crucial que as unidades de saúde implementem protocolos de segurança mais rigorosos. A valorização da equipe de saúde, a formação contínua e uma comunicação clara entre funcionários e pacientes são essenciais para assegurar que todos sejam atendidos com dignidade e atenção.
A informação é uma ferramenta poderosa, e a população precisa estar atenta aos seus direitos. Denunciar negligências e exigir melhorias nas condições de atendimento é um passo importante para que todos tenham acesso a uma saúde de qualidade em locais seguros.
A expectativa é que a administração municipal de Ipiaú tome atitudes efetivas não apenas para resolver a situação específica da idosa esquecida, mas também para prevenir que esses casos supérfluos aconteçam novamente, assegurando um ambiente mais seguro e acolhedor para todos os pacientes.