Brasil, 8 de julho de 2025
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Horror na Itália: a morte brutal de um cachorro policial revolta o país

A morte de Bruno, um cão policial, choca a Itália e gera investigações para trazer seus assassinos à justiça.

A brutal morte de Bruno, um bloodhound de 7 anos que ajudou a localizar nove pessoas ao longo de sua carreira como cão farejador, gerou um forte clamor popular na Itália e resultou em uma investigação criminal para encontrar seus assassinos. O incidente ocorreu na manhã de sexta-feira, quando Bruno foi encontrado morto em seu abrigo, na cidade de Taranto, no sul do país. Seu treinador, Arcangelo Caressa, revelou que o animal havia sido alimentado com ração misturada a pregos.

Reação da população e autoridades

O treinador de Bruno compartilhou um desabafo nas redes sociais na terça-feira, instando a polícia a “encontrar os assassinos antes que eu o faça”. O caso chamou a atenção de figuras públicas, incluindo a primeira-ministra Giorgia Meloni, que postou em suas redes sociais que o assassinato de Bruno foi “vil, covarde e inaceitável”.

O deputado Michael Vittoria Brambilla, conhecido ativista dos direitos dos animais, acionou o Ministério Público, protocolando uma denúncia com base em uma nova lei que endurece as penas para quem mata ou maltrata animais. A lei, implementada em primeiro de julho, prevê penas de até quatro anos de prisão e multas que podem chegar a 60 mil euros (aproximadamente 70 mil dólares), com as sanções mais severas aplicadas em casos de maus-tratos na presença de crianças ou que sejam gravados e disseminados online.

Bruno e seu legado

Vittorio Feltri, editor do diário Il Giornale, expressou sua indignação, afirmando que Bruno fez mais pelo bem da sociedade italiana do que muitos cidadãos. Caressa, o treinador de Bruno, comentou que ele suspeita que poderia ter sido o alvo principal dos assassinos e que o cão foi morto “para atingi-lo”. Segundo ele, isso estaria relacionado ao seu trabalho de resgate de cães utilizados em rinhas ilegais, e ele já havia recebido ameaças por seus esforços nessa causa. Caressa forneceu às autoridades os nomes de duas pessoas que suspeita estarem envolvidas no crime.

Em uma emocionada homenagem a Bruno, Caressa publicou uma mensagem no Facebook, dizendo: “Talvez você esteja abanando seu rabo entre as estrelas, ou talvez esteja nos observando em silêncio, com aqueles olhos bondosos que diziam tudo sem precisar de palavras”. Ele completou: “Você não era apenas um cachorro, você era minha sombra fiel, minha força nos momentos difíceis, o bom coração do mundo.”

Legislação de proteção animal em foco

A nova legislação de proteção animal, conhecida como Lei Brambilla, visa aumentar a proteção dos animais contra abusos, refletindo a crescente preocupação da sociedade italiana com a crueldade animal. O deputado Brambilla defendeu que a penalidade para quem comete crimes dessa natureza deveria ser ainda maior do que quatro anos, enfatizando a necessidade de respeito, especialmente para aqueles que se destacam em atos heroicos, como Bruno fez em sua carreira.

Durante sua trajetória, Bruno foi responsável por encontrar cinco pessoas vivas durante resgates e conseguiu localizar os corpos de quatro pessoas falecidas, garantindo que suas famílias pudessem dar adeus adequado. A morte de Bruno se tornou não apenas um caso de morte de um animal, mas um símbolo da luta contra a crueldade e a indiferença, uma história que definitivamente ainda ecoará na Itália por muito tempo.

O clamor por justiça continua, enquanto a investigação avança e a sociedade italiana reflete sobre a violência direcionada a seres que tanto contribuem para o bem-estar humano. A esperança é que Bruno não seja esquecido, mas que sua morte resulte em mudanças reais para a proteção dos animais no país.

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