Brasil, 9 de julho de 2025
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Haddad e Motta se reúnem para buscar acordo sobre o IOF

Ministro da Fazenda e presidente da Câmara tentam avançar na conciliação após crise gerada pela derrubada do decreto do IOF

Na noite de hoje, uma reunião na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados buscou conciliar posições entre Executivo e Legislativo sobre o impasse do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O encontro aconteceu após a derrubada do decreto que aumentou o alíquota do tributo, decisão que gerou tensão entre os poderes.

Diálogo entre Haddad e Motta visa resolver crise do IOF

Participaram do encontro o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, além de lideranças parlamentares. Essa foi a primeira conversa entre Haddad e Motta desde a crise provocada pela derrubada do decreto presidencial, que buscava alterar o IOF via instrumento legislativo.

Segundo fontes presentes, o ministro deixou o local sem falar com a imprensa, mas o objetivo do encontro era aparar arestas após um dia de declarações públicas conflitantes. Aliados de Motta afirmaram que a iniciativa buscava um entendimento antes de eventual intervenção do Supremo Tribunal Federal (STF) no assunto.

Medidas legislativas e ações do governo sobre o IOF

O Congresso aprovou ontem a urgência de um projeto de lei que prevê corte de 10% nos incentivos tributários, incluindo benefícios fiscais relacionados ao IOF. A proposta, de autoria do deputado Mauro Benevides (PDT-CE), sugere reduções graduais de pelo menos 5% em 2025 e 2026, podendo variar por setor econômico.

Enquanto isso, o governo recorreu ao STF após a suspensão do decreto pelo ministro Alexandre de Moraes. Uma audiência de conciliação foi marcada para o dia 15 de julho, envolvendo representantes do governo, do Congresso e da Procuradoria-Geral da República.

As declarações de Haddad e o cenário fiscal

Em entrevista ao portal Metrópoles, Haddad ressaltou que a agenda econômica do governo “andou pouco” no Congresso neste ano, mas reforçou estar disposto a negociar com Motta para avançar nas medidas fiscais necessárias. Ele também destacou que os gastos tributários no país atingiram “patamares absurdos,” e que todos os Poderes precisam colaborar para cumprir a meta fiscal de 2025, que prevê resultao primário zero.

Por outro lado, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que o governo manterá a meta de superávit primário de 0,25% do PIB, mesmo com as dificuldades atuais, buscando alternativas para equilibrar as contas públicas.

Perspectivas futuras para o ajuste fiscal e o IOF

O deputado Mauro Benevides prepara um projeto que estabelece regras para cortes de benefícios fiscais, aguardando votação na Câmara na próxima semana. A expectativa é que o texto seja um ponto de partida para estabelecer percentuais de redução, que serão negociados posteriormente com o governo.

O ministro Haddad destacou que é fundamental que os Três Poderes contribuam para a redução dos gastos e o cumprimento das metas fiscais, especialmente diante do elevado volume de despesas tributárias atuais. A definição de um consenso deve indicar os próximos passos na questão do IOF e das reformas fiscais.

Para mais detalhes sobre o clima de negociações e os desdobramentos, acesse o fonte original.

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