A partir desta terça-feira (8), a exigência do cartão Jaé para passageiros com gratuidade no transporte público da cidade do Rio de Janeiro entrou em vigor. Embora a obrigatoriedade já estivesse em vigor desde o último sábado (5), a segunda-feira (7) foi feriado devido à cúpula do Brics, adiando a implementação total da nova medida.
Desafios enfrentados pelos passageiros
Desde o início da obrigatoriedade, mais de 600 mil pessoas que têm direito ao benefício já utilizam o novo sistema de bilhetagem. Entretanto, relatos de dificuldades no uso do cartão começaram a surgir. Alguns idosos, por exemplo, enfrentaram problemas com os leitores dos ônibus, que demoraram a reconhecer o cartão ou apresentaram mensagens de saldo insuficiente.
A moradora de Campo Grande, Flávia Faria, compartilhou a experiência de sua mãe de 75 anos. Segundo Flávia, sua mãe tentou embarcar para o centro de Campo Grande, mas o leitor do ônibus não reconheceu o cartão Jaé e o motorista exigiu o pagamento da passagem. “Ela mostrou a identidade ao motorista para poder entrar sem pagar e o motorista não aceitou. Ele disse que ela tem que pagar o valor da passagem”, relatou.
A resposta da Rio Ônibus
Procurada para esclarecer a situação, a Rio Ônibus afirmou que os motoristas são orientados a permitir o embarque dos idosos pela porta traseira, bastando a apresentação de um documento de identidade. No entanto, a empresa não se pronunciou sobre as ações que serão tomadas em relação aos motoristas que não estão seguindo essa orientação. Essa falta de clareza gera insegurança entre os passageiros e suas famílias.
Estatísticas do novo sistema
Nos primeiros dias de implementação da exigência do cartão Jaé, a Secretaria Municipal de Transportes registrou um total de quase 950 mil embarques, dos quais 630 mil foram gratuidades. Dentro desse número, aproximadamente 372 mil embarques foram realizados por idosos. Vale ressaltar que idosos que não possuem o cartão ainda podem embarcar apresentando apenas a identidade.
Próximos passos para a implementação do Jaé
A partir do dia 2 de agosto, a utilização do cartão Jaé será obrigatória para todos os passageiros nos transportes municipais, aumentando a necessidade de que todos os usuários se adaptem a essa nova realidade. A transferência para o sistema com o cartão Jaé representa um avanço na organização do transporte público, mas também traz à tona a necessidade de um período de adaptação tanto para os usuários quanto para os operadores.
A expectativa dos usuários
Embora a intenção da implementação do cartão Jaé seja facilitar o acesso ao transporte público e promover a inclusão social por meio da gratuidade, as dificuldades iniciais demonstradas pelos passageiros evidenciam a importância de um suporte e orientação adequados durante a transição. A melhoria dos sistemas de bilhetagem e a capacitação dos motoristas são pontos críticos que precisam ser endereçados para garantir que todos os usuários possam usufruir de seus direitos de maneira tranquila.
Enquanto a nova exigência fornece um avanço significativo, torna-se imperativo que as autoridades responsáveis monitorem a situação e ajudem a resolver rapidamente os problemas apresentados pelos passageiros, assegurando que a gratuidade no transporte público efetivamente cumpra seu papel na inclusão e no bem-estar social.
Com a continuidade desse processo, espera-se que a transição para o sistema de cartão Jaé se torne mais eficiente e que os usuários possam contar com um serviço que respeite seus direitos.
Para mais informações sobre o cartão Jaé e a gratuidade no transporte público, acesse o [g1](https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/07/08/primeiro-dia-util-gratuidade-jae.ghtml).
