Brasil, 8 de julho de 2025
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EUA intensificam tarifas e ameaçam países em negociações comerciais

Donald Trump avança com tarifas adicionais que podem afetar 14 países, enquanto diplomatas buscam acordos antes do prazo final de 1º de agosto

Nos últimos dias, o governo dos Estados Unidos anunciou a intensificação de tarifas sobre importações de diversos países, incluindo Japão, Coreia do Sul, Tailândia e Malásia, ameaçando elevar o quadro de tensões comerciais globais. As sobretaxas, que variam entre 25% e 40%, entrarão em vigor se não houver acordos até o próximo dia 1º de agosto, indicando uma postura protecionista cada vez mais firme de Washington.

Tarifas adicionais e prazo final de negociações

A estratégia de Donald Trump consiste em aplicar tarifas de até 40% sobre produtos importados, buscando pressionar os países a firmarem acordos favoráveis aos interesses americanos. Concedido um período de 90 dias para negociações, o prazo foi estendido por mais três semanas, até o fim de julho, permitindo novas tentativas de entendimento antes da implementação definitiva das sobretaxas.

Impactos para os parceiros comerciais

Com exportações que somaram US$ 465 bilhões para os EUA em 2024, países como Japão, que já sofria tarifas de 25% na indústria automobilística, agora podem enfrentar sobretaxas iguais em todos os produtos enviados aos Estados Unidos, apesar de o patamar original ter sido inicialmente estimado em 35%. Tais medidas ameaçam desorganizar cadeias de produção e aumentar os custos de importação.

De acordo com o Departamento de Comércio dos EUA, 14 nações afetadas representam uma parcela significativa das exportações americanas e estão sob forte pressão para acelerar negociações. Entre os países, o Japão e a Coreia do Sul, principais aliados de Washington na Ásia, permanecem na linha de frente dos debates diplomáticos.

Reações e estratégias dos países ameaçados

O Japão, que já foi alvo de tarifas de 25% sobre sua indústria automobilística, anunciou a formação de uma força-tarefa para conduzir negociações com os EUA. Segundo fontes do governo japonês, há esperança de que um acordo seja alcançado antes do prazo final, evitando futuras sobretaxas.

Já a Coreia do Sul, afetada por tarifas sobre aço e setor automobilístico, manifestou otimismo ao afirmar que ainda há tempo para negociação. Por outro lado, o ministério das Finanças alertou que, se as flutuações do mercado se tornarem excessivas, adotará ações de contingência, embora não tenham sido especificadas.

Na Ásia, países como Indonésia e Bangladesh também tentam negociar condições menos onerosas; a Indonésia, por exemplo, planeja aumentar suas exportações agrícolas e energéticas para os Estados Unidos, buscando minimizar o impacto das tarifas de até 32% nas importações americanas.

Consequências globais e perspectivas futuras

Especialistas alertam que a escalada tarifária pode consolidar uma nova fase de protecionismo, prejudicando fluxos comerciais e afetando cadeias de suprimentos internacionais. A postura de Washington é vista por alguns analistas como uma estratégia de força para renegociar acordos mais favoráveis, embora exponha o risco de retaliações e instabilidade econômica global.

O cenário permanece incerto, com negociações em andamento e a possibilidade de medidas unilaterais que podem ampliar o conflito comercial. Economistas recomendam atenção aos movimentos diplomáticos e às repercussões econômicas, sobretudo para mercados emergentes dependentes do comércio internacional.

Para mais detalhes sobre as tarifas ameaçadas, acesse esta matéria.

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