No dia 5 de julho, Elon Musk anunciou oficialmente a formação da “America Party” via sua conta no X (antigo Twitter). A decisão veio após uma votação online que sugeria a criação de um novo partido que represente os “80% no meio”, além de sua forte insatisfação com os dois partidos tradicionais dos Estados Unidos e o conteúdo do recente “Big, Beautiful Bill” de Trump, criticado pelo empresário.
Reação negativa e críticas nas redes sociais
Após a divulgação, a internet não poupou críticas. Diversos usuários zombaram da iniciativa, apontando a origem sul-africana de Musk e questionando a autenticidade do movimento. Um internauta comentou: “A ‘America Party’. Uma festa criada e financiada por um bilionário sul-africano. Nem a Onion faria uma manchete melhor”.
Outros destacaram que Musk estaria apenas reactionando a um desejo de vingança ou um capricho após tentativas frustradas de influenciar a política, como seu apoio a Trump e as negociações de incentivos para veículos elétricos. Uma pessoa afirmou: “Ele só está jogando mais uma birra de menino mimado, querendo criar uma party nova por não conseguir o que quer no Congresso”.
Críticas ao próprio conceito e nomes chochos
Vários usuários também zombaram do nome simples e genérico “America Party”, considerá-lo pouco original ou pouco representativo de uma verdadeira alternativa política. “O nome mais comum que uma legenda americana poderia escolher”, escreveu um deles.
Há quem veja a iniciativa com cinismo, afirmando que trata-se de mais uma jogada de marketing de um bilionário que quer se manter relevante na política americana — uma narrativa que muitos acham repetitiva e superficial. Uma internauta comentou: “Finalmente, um partido liderado por alguém que pode realmente entender as dificuldades da classe média americana, mesmo sendo bilionário da África do Sul”.
Perspectivas e impacto na política
Especialistas apontam que, apesar do entusiasmo de Musk, lançar um novo partido nos EUA é uma tarefa complexa e de alto risco. “Criar uma alternativa viável aos partidos tradicionais exige mais do que vontade — requer estrutura, base de apoio e credibilidade”, avalia a doutora em Ciência Política, Marta Alves.
Por enquanto, a iniciativa de Musk parece mais uma jogada midiática do que um movimento político sério, especialmente considerando a forte reação de ceticismo e humor velado que vem dominando as redes sociais. O episódio reforça o quanto a política americana está cada vez mais exposta às personalidades e internas de figuras de influência do mundo digital.
Próximos passos e expectativas
Por enquanto, Musk não anunciou detalhes sobre a validade ou estrutura oficial da “America Party”. Analistas acreditam que, se a proposta avançar, enfrentará altos obstáculos, desde a coleta de assinaturas até a construção de uma base sólida. A comunidade online, entretanto, parece mais focada na sátira do ato do que na perspectiva de um novo grande movimento político.
