O Congresso Nacional aprovou nesta terça-feira (8) a medida provisória que reajusta o salário-base dos membros das Forças Armadas em 9%, em uma decisão crucial para as finanças do setor. A proposta, enviada pelo governo, prevê o pagamento do aumento de forma parcelada, com metade já em vigor e a outra prevista para janeiro de 2026, caso seja referendada pelos plenários da Câmara e do Senado até a próxima semana.
Reajuste e impacto financeiro
O aumento linear de 9% foi negociado pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no ano passado. Com o reajuste, os soldos mais baixos passariam de R$ 1.078 para R$ 1.127 neste mês de abril, enquanto os cargos mais altos teriam o salário elevado de R$ 13.471 para R$ 14.077 em abril e a R$ 14.711 a partir de janeiro de 2026.
De acordo com o governo, o impacto total do reajuste sobre as contas públicas será de aproximadamente R$ 3 bilhões. A medida ela é vista como uma tentativa de valorização dos militares, que tiveram o último aumento em 2023, durante a reforma do sistema previdenciário das Forças Armadas, liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, o governo concedeu reajustes em quatro parcelas, com aumentos de gratificações de até 150%, segundo técnicos do governo.
Obrigações e prazos
O texto aprovado por uma comissão mista precisa passar pelos plenários da Câmara e do Senado até o dia 8 de agosto para se tornar oficial, evitando sua caducidade. Caso aprovada, a parcela restante, de 4,5%, será paga a partir de 1º de janeiro do próximo ano.
Repercussões e perspectivas
Especialistas apontam que o reajuste reforça a política de valorização das Forças Armadas, embora sua tramitação ainda dependa de etapa final no Legislativo. A medida também representa um aumento na carga salarial do setor de defesa, que busca equilibrar a necessidade de valorização dos militares com o desafio de manter o equilíbrio fiscal.
A aprovação do reajuste é visto como uma resposta do governo às demandas de categorias que tradicionalmente militam por melhores condições salariais, tendo impacto direto na rotina e na moral das forças de segurança do país.
Para mais detalhes, leia a matéria completa no site do Globo.