Brasil, 8 de julho de 2025
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Como as empresas apoiam o Pride hoje versus há uma década

Mudanças na abordagem corporativa ao Pride revelam avanços e regressões, refletindo a evolução da cultura LGBTQ+ nas grandes companhias.

Desde 2015, quando o casamento igualitário foi legalizado em todo o território americano, a postura das empresas em relação ao Pride passou por transformações profundas. Enquanto algumas marcas adotaram uma postura mais inclusiva, outras pareceram retroceder ao longo dos anos, revelando mudanças no compromisso com os direitos LGBTQ+.

A evolução do apoio corporativo ao Pride

De celebrações públicas a discursos mais moderados

Em 2015, a Target lançou a campanha #TakePride, com vídeos e ações que reafirmavam a importância do orgulho LGBTQ+ ao longo de todo o ano. Naquele período, firmas como Google, Facebook e Starbucks reforçaram sua solidariedade, promovendo campanhas envolventes e visíveis em todo o mundo.

Hoje, a participação dessas mesmas marcas mostra uma significativa redução na presença e no engajamento em eventos de Pride. A Starbucks, por exemplo, continua apoiando Pride regionalmente, mas não mantém o mesmo nível de visibilidade em campanhas globais. Facebook, que por anos colocou filtros rainbow e promoveu ações públicas, não marcou presença na maior parte das celebrações recentes, incluindo o Pride de São Francisco, que cortou laços com a empresa após mudanças na política de diversidade.

Mudanças de postura e repercussão

Recuo ou estratégia prudente?

Tesla, que em 2015 exibiu um carro com a frase “Equality without exception”, hoje mantém uma postura mais discreta. CEO Elon Musk voltou a postar mensagens contrárias ao “woke” em suas redes sociais, sugerindo uma mudança de clima na cultura corporativa da marca.

Por outro lado, marcas tradicionais do setor de cosméticos e alimentos continuam a apoiar Pride com campanhas ativas e parcerias, como é o caso da MAC Cosmetics, que lançou uma coleção com celebridades como Kim Petras e doações a causas LGBTQ+. Coca-Cola, que em 2015 destacou uma família LGBTQ+ em um de seus comerciais, mantém seu apoio através de coleções de produtos e patrocínios em eventos de Pride.

Questões controversas e regressões

Retrocessos evidentes e debates atuais

Algumas empresas, como AT&T, relataram uma redução na promoção de iniciativas LGBTQ+; a companhia cessou o apoio ao projeto Trevor Project e cancelou eventos de Pride, além de diminuir o incentivo ao uso de pins com pronomes. Já o caso da Bud Light, que há uma década patrocinava Pride, não renovou seu apoio ao PrideFest em St. Louis este ano, levantando dúvidas sobre o compromisso das marcas com o movimento.

Na esfera de ações sociais, a Ben & Jerry’s tem revelado um posicionamento mais político, protestando contra o governo Trump e apoiando causas trans e de direitos civis, mesmo com ataques e críticas.

Reflexões finais sobre o cenário atual

Os anos que se passaram mostram uma tendência complexa: enquanto algumas empresas permanecem firmes na divulgação de campanhas de Pride, outras adotaram uma postura mais moderada ou até retrógrada, possivelmente refletindo uma volta ao conservadorismo presente em diferentes setores da sociedade. Esse movimento levanta questionamentos sobre o verdadeiro compromisso corporativo com os direitos LGBTQ+ e como as empresas equilibram estratégia, lucro e responsabilidade social.

Você também percebe essas mudanças? Compartilhe sua opinião nos comentários e acompanhe as ações das marcas em celebração ao Pride 2025 no site da BuzzFeed.

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