Brasil, 8 de julho de 2025
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Ajuda humanitária escassa em Mianmar após terremoto devastador

Após terremoto em Mianmar, 74% das comunidades aguardam ajuda humanitária, enquanto a Igreja local luta para apoiar os necessitados.

Em março, Mianmar foi abalado por um terremoto de magnitude 7,7 que devastou a região de Mandalay. Com mais de 100 dias desde a tragédia, as consequências ainda são visíveis: 74% das comunidades afetadas não receberam nenhuma ajuda humanitária, enquanto as ruas permanecem em ruínas e milhares de deslocados aguardam por socorro. O padre José Estêvão Magro, diretor da New Humanity International, relata a dramática situação vivida por muitos e a luta da Igreja para fornecer apoio aos necessitados.

A situação atual em Mandalay

As imagens de Mianmar logo após o terremoto mostram uma paisagem desoladora. Ruas rasgadas por fissuras profundas, prédios desmoronados e pessoas vivendo em condições precárias se tornaram parte da nova realidade da cidade. O padre Magro, que tem acompanhado de perto a situação, testemunhou a falta de recursos e a ausência de auxílio. “As pessoas continuam morrendo aqui”, afirma. O padre destaca que, apesar do apoio contínuo da Igreja, a situação é crítica e a necessidade de ajuda é urgente.

Dados alarmantes da Caritas Internacional

Segundo dados da Caritas Internacional, uma organização que atua há anos em Mianmar, a situação humanitária é ainda mais preocupante. Além da ineficiência na distribuição de ajuda devido à falta de recursos, a guerra civil em curso no país tem impactado severamente a entrega de alimentos e suprimentos. Grupos armados de oposição bloqueiam as rotas de acesso, dificultando ainda mais a chegada de assistência às comunidades afetadas.

Deslocados e sem esperança

O padre Magro descreve a cena em Mandalay como “uma cidade em ruínas”. Enquanto as estruturas destruídas permanecem nos escombros, milhares de famílias perderam suas casas e agora vivem em acampamentos improvisados nas áreas periféricas. “As necessidades básicas, como alimentos e medicamentos, são urgentes”, ressalta o sacerdote, que tem se esforçado para oferecer o melhor suporte possível através da Arquidiocese de Mandalay.

Busca desesperada por alimentos

A realidade nos acampamentos é dura. Homens, mulheres e crianças saem todos os dias em busca de recursos alimentares, muitas vezes sem forças para enfrentar as dificuldades. O padre Magro observa que, enquanto alguns tentam retornar e reparar suas casas, a maioria das pessoas está sem ação em relação à reconstrução. “O que se vê é um abandono total por parte das autoridades”, lamenta o religioso.

Os desafios enfrentados pelos humanitários

As condições nas áreas de acolhimento são precárias. As crianças, que deveriam estar em um ambiente seguro e educativo, estão expostas a situações de risco e desamparo. “Voluntários tentam entreter as crianças com brincadeiras, mas a incerteza quanto ao futuro é avassaladora”, explica o padre Magro. O número de acampamentos improvisados cresce rapidamente, mas dados concretos sobre a população nesses locais são escassos e difíceis de obter.

A Igreja como salvaguarda

Apesar das dificuldades enfrentadas, a Igreja local tem se mobilizado para oferecer o suporte necessário. “Compartilhamos o que conseguimos, mesmo que tenhamos também sofrido perdas significativas com o terremoto”, afirma o padre Magro. A Arquidiocese de Mandalay se esforça para fornecer cestas básicas e outros recursos, demonstrando solidariedade em meio à catástrofe.

Um sofrimento esquecido pela comunidade internacional

A amarga realidade é que, para o padre Magro, o sofrimento de Mianmar parece estar esquecido pela comunidade internacional. “Apenas notícias sobre a situação interna chegam ao exterior, mas sabemos que as vidas aqui continuam sendo ceifadas dia após dia”, conclui. É um apelo à conscientização e ação, não apenas para o povo birmanês, mas para toda a humanidade.

Assim, enquanto a luta para atingir aqueles que mais precisam continua, fica evidente que a resposta à crise em Mianmar precisa de atenção e ação coletiva urgente.

Para mais informações, acesse o link da fonte.

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