Brasil, 9 de julho de 2025
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Tenente-coronel do Exército permanece preso por trama criminosa

Ministro mantém prisão de tenente-coronel suspeito de conspirar contra Lula, Alckmin e Moraes; entenda o caso.

No último dia 7 de julho, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu manter a prisão preventiva do tenente-coronel do Exército, Rafael Martins de Oliveira. O militar é um dos “kids pretos” suspeitos de estar envolvido em um plano que teria como alvo o assassinato do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, de seu vice, Geraldo Alckmin, e do próprio ministro Moraes. A decisão reflete a seriedade das acusações e as evidências apresentadas até agora.

A decisão do STF e argumentos da defesa

O pedido de liberdade feito pela defesa de Martins foi rejeitado por Moraes, que alegou que os elementos contidos na denúncia e em uma delação feita pelo tenente-coronel Mauro Cid são suficientes para justificar a manutenção da prisão. Segundo Moraes, as alegações de que o acusado não teria contribuído para os fatos descritos não são suficientes para flexibilizar a tutela cautelar, reforçando a gravidade das evidências.

“Não obstante, a alegação de que o acusado não contribuiu para os fatos descritos na denúncia, consubstanciada, em tese, pelo depoimento do delator Mauro César Barbosa Cid, não constrói conclusão apta a flexibilizar a tutela cautelar”, afirmou Moraes em sua decisão.

Martins, conhecido como “kid preto”, está detido em uma cadeia militar em Niterói, no estado do Rio de Janeiro.

A operação Contragolpe e o plano de assassinato

O tenente-coronel foi preso durante a Operação Contragolpe, desencadeada em novembro de 2024 pela Polícia Federal. A operação visou desmantelar uma organização criminosa que estaria planejando um golpe de Estado em 2022, liderada pelos militares conhecidos como “kids pretos”. De acordo com as investigações, o plano teria como alvo eliminar Lula, Alckmin e Moraes através de uma ação chamada “Punhal Verde e Amarelo”.

O plano era elaborado meticulosamente para ser executado em 15 de dezembro de 2022, logo após as eleições que consagraram Lula como vencedor contra o então presidente Jair Bolsonaro. O golpe, conforme descrito nas investigações, incluía a criação de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, composto por militares, que se responsabilizaria pelas consequências de tais ações extremas, implementando uma espécie de “junta militar” no Brasil.

O que são os “kids pretos”

Os “kids pretos” referem-se aos integrantes de uma unidade de elite do Exército Brasileiro, ligada ao Comando de Operações Especiais (Copesp). São militares com treinamento avançado que, segundo a Polícia Federal, utilizaram um elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar e executar ações ilícitas entre novembro e dezembro de 2022.

O rumo das investigações e as consequências

A Polícia Federal continua as investigações, que revelaram a complexidade e a organização do grupo criminoso, que contava, em sua maioria, com militares especializados em Forças Especiais. A gravidade das acusações e a possível implicação de altos oficiais indicam a seriedade do caso, que pode ter consequências significativas para a segurança institucional do Brasil, além de impactar profundamente a confiança da população nas instituições democráticas.

Este episódio lança luz sobre a fragilidade da democracia brasileira e a potencialidade de uma insurreição armada em tempos de polarização política. A manutenção da prisão do tenente-coronel Martins é um passo crucial para o controle da situação e a reafirmação do Estado de Direito no país.

À medida que novos desdobramentos surgem, a sociedade brasileira observa atentamente a evolução dos fatos, consciente de que a proteção da democracia deve ser garantida contra qualquer tentativa de desestabilização.

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