Brasil, 7 de julho de 2025
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Sylvia: a história de superação e esperança no combate ao tráfico de pessoas

Após sofrer abusos, mulher se torna referência no acolhimento de vítimas de exploração humana no Peru, junto às Pequenas Adoradoras.

Sylvia Teodolinda Vázquez, uma mulher que representa a força e a resiliência diante de um passado doloroso, dedica sua vida a ajudar outras mulheres e meninas vítimas do tráfico humano. Após ter sido forçada à prostituição durante anos, ela encontrou coragem e esperança para mudar sua realidade e a de muitas outras que sofrem com a exploração. O seu trabalho, em parceria com as irmãs da Ordem das Pequenas Adoradoras, é crucial na luta contra o tráfico de pessoas, especialmente em um contexto que envolve migrantes de vários países da América Latina.

A luta de uma sobrevivente

Abusada aos 11 anos, Sylvia passou por experiências traumáticas que a marcaram profundamente. Durante 14 anos, ela foi vítima de tráfico de pessoas, explorada sexualmente em diversos locais e sujeita a condições degradantes. O início de sua jornada de superação aconteceu quando, aos 22 anos, uma religiosa, Irmã Dora Fonseca, se aproximou dela e a ofereceu ajuda. Essa intervenção foi fundamental para que Sylvia conseguisse romper com o ciclo de abuso e exploração.

No abrigo criado pelas Hermanitas, Sylvia encontrou um canto seguro, onde, através de aulas de formação em cosmetologia, costura e outras habilidades, teve a oportunidade de recomeçar sua vida. “Eu sou muito grata às irmãs. Elas me mostraram que eu poderia ter uma nova vida”, afirma.

Fazendo a diferença nas ruas

Hoje, com 52 anos, Sylvia utiliza sua experiência para ajudar outras mulheres que se encontram em situações similares. Ela mantém um trabalho ativo nas ruas de Chiclayo, visitando bares, discotecas e outros locais onde a exploração é mais frequente. Em parceria com as Pequenas Adoradoras, seu objetivo é resgatar meninas, principalmente migrantes de países como Venezuela e Equador, que estão em situação de vulnerabilidade.

Por meio de conversas e apoio, ela tenta sensibilizar essas jovens para que deixem o mundo da prostituição e busquem novas oportunidades. “As meninas frequentemente não veem outra saída, muitas se sentem obrigadas a continuar por causa dos filhos. Meu papel é ajudá-las a perceber que podem ter uma nova vida”, explica.

O papel do bispo Prevost no combate ao tráfico

O comprometimento de Sylvia vai além do trabalho nas ruas. Ela também atua em colaboração com o então bispo de Chiclayo, Dom Robert Francis Prevost, hoje Papa Leão XIV. Ele esteve sempre atento às questões relacionadas ao tráfico humano e apoiou ativamente a criação de iniciativas voltadas para o acolhimento e proteção das vítimas.

“Ele sempre foi uma inspiração para mim. Compartilho a minha história e experiências para que outras mulheres sintam-se acolhidas e encorajadas a mudar suas vidas”, relata. A interação de Prevost com as mulheres em situações de prostituição é uma ação que gera um impacto positivo, onde ele ouve e incentiva estas mulheres a se reerguerem.

Um laço de gratidão com o Papa

Sylvia se emociona ao lembrar dos momentos em que teve a oportunidade de conversar com o Papa. “Ele sempre foi muito gentil comigo. Suas palavras de apoio significam muito para mim e me motivam a seguir em frente”, diz, comentando sobre como a mensagem de solidariedade e compaixão pode impactar a vida das pessoas.

Ela expressa um desejo sincero de que o Papa continue sua missão de apoiar os marginalizados e vulneráveis: “Que Deus o proteja sempre. Sua generosidade e bondade são uma luz para nós todos”, afirma, destacando a importância da solidariedade em tempos de crises sociais.

A esperança de um futuro melhor

A história de Sylvia é um exemplo inspirador de superação e luta. Apesar dos desafios enfrentados, ela se tornou uma voz ativa na luta contra o tráfico de pessoas e na promoção dos direitos das mulheres. Sua coragem e determinação são um farol de esperança para aqueles que ainda vivem em condições de exploração e abuso.

Com a continuidade de seu trabalho, Sylvia espera que mais mulheres possam ser resgatadas e que, juntas, consigam transformar suas histórias de dor em narrativas de força e renovação. A missão de Sylvia e das Pequenas Adoradoras é, sem dúvida, uma luta necessária e vital em um mundo que, muitas vezes, se esquece de olhar para aqueles que mais precisam.

A história de Sylvia foi retirada do documentário “León de Perú”, uma produção do Dicastério para a Comunicação, disponível no canal YouTube do Vatican News.

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