Brasil, 16 de julho de 2025
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Senador Omar Aziz assume presidência da CPI do INSS

Omar Aziz, presidente da CPI do INSS, garante que investigações serão éticas e sem viés político.

A Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) terá ao seu comando o senador Omar Aziz, do PSD-AM, aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nos primeiros comentários sobre seu papel, Aziz evidenciou que as apurações não têm a intenção de se tornarem um palco de “perseguições políticas”, mas se concentrarão em desvendar um esquema de corrupção que afetou pensionistas ao longo de diferentes gestões. Esta postura é um recado ao Palácio do Planalto, especialmente diante da comparação que setores da oposição estão fazendo com a CPI da Covid, que ele presidiu em 2021.

Contexto da CPI do INSS

A investigação tem como alvo a prática de descontos indevidos nos benefícios previdenciários, o que tem levantado questões sobre a responsabilidade nas gestões passadas e atuais. Embora aliados de Jair Bolsonaro acreditem que essa CPI possa desgastar o governo Lula, Omar Aziz desfaz as polêmicas afirmando que as investigações buscam a verdade e não a responsabilização de um governo específico.

Aziz defende imparcialidade

“Esse caso é diferente da CPI da Covid, pois envolve várias administrações e não apenas uma. Por isso, não podemos apontar dedos irresponsavelmente”, declarou Aziz. Ele acredita que é possível conduzir as investigações de maneira técnica e ética, sem cair nas armadilhas de politicagens que muitas vezes marcam estas comissões.

A CPI já demonstra um grande impacto, dado que envolve uma questão sensível para a sociedade: a segurança financeira dos aposentados e pensionistas. “Não se pode simplesmente ignorar as consequências de ações corruptas que prejudicam uma população vulnerável”, completou Aziz, sinalizando a gravidade da questão.

Reação do Congresso

Os senadores que compõem a base de apoio ao ex-presidente Bolsonaro estão divididos quanto ao enfoque da investigação. Alguns expressam preocupação, enquanto outros defendem uma postura mais agressiva em relação ao governo Lula. A oposição cogita convocar ex-presidentes do INSS e ministros que passaram pelos cargos nos últimos governos, incluindo Carlos Lupi, que deixou o ministério sob forte pressão.

Os desafios políticos da CPI

O cenário político em torno da CPI é delicado. Apesar do potencial para impactos negativos sobre o governo, Aziz garante que a comissão não buscará uma caça às bruxas. “Vamos focar em indivíduos que estiveram envolvidos em falcatruas, independentemente do governo em que atuaram”, afirmou. Contudo, muitos especialistas reconhecem que a relatoria escolhida pela Câmara dos Deputados será vital para a condução e a percepção pública dos trabalhos da CPI.

Integrações e alianças no Congresso serão postas à prova, principalmente se as evidências de irregularidades começarem a se tornar mais evidentes. Aliados do governo apontam que a investigação pode ser um campo minado, já que as evidências podem prejudicar não apenas o governo, mas também a imagem de político que se considere neutro.

Expectativas e próximos passos

O senador Aziz se reunirá com o presidente da Câmara, Hugo Motta, para discutir o formato da CPI e a escolha do relator, que deve ter um papel crucial nos rumos das investigações. As expectativas estão altas, e embora a direção do trabalho possa ser influenciada por escolhas políticas, é essencial manter o foco no que realmente importa: a proteção dos direitos dos pensionistas e a revisão de ações fraudulentas que afetam a Previdência.

Com prazos apertados e a pressão crescente do debate público, todos os olhos estarão voltados para o desenrolar dessas investigações, que prometem trazer à tona questões unânimes e polêmicas no cenário político brasileiro.

Enquanto isso, a antiga rivalidade entre o governo e a oposição se intensifica, com os bolsonaristas se preparando para explorar qualquer desgaste do governo Lula que possa surgir das apurações.

Aziz conclui: “Estamos comprometidos com a verdade e com o bem-estar daqueles que dependem do INSS, e isso deverá prevalecer acima de qualquer interesse político.”

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