Brasil, 16 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Projeto de impostos de Trump aprovado na Câmara, com consequências graves para o país

Legislação amplia cortes de impostos e fronteiras de Medicaid, aumentando o endividamento e ameaçando serviços essenciais e direitos dos imigrantes

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira (14) o controverso projeto de lei de cortes de impostos do ex-presidente Donald Trump, enviando a medida ao presidente para sanção. A legislação, que tem potencial de agravar o déficit fiscal e reduzir benefícios sociais, desperta críticas por seus efeitos nocivos para milhões de cidadãos e pelo impacto na saúde pública e na política migratória.

Impactos na saúde pública e na economia

O projeto prevê a redução do financiamento do Medicaid, o programa de assistência médica para populações vulneráveis, introduzindo requisitos de trabalho obrigatórios a partir de 2027. Segundo a Casa Branca, essas mudanças podem deixar milhões de pessoas sem acesso a cuidados essenciais, especialmente em áreas rurais.

De acordo com o Congressional Budget Office, as alterações podem causar uma redução de cerca de US$ 1,5 trilhão no financiamento de programas sociais nos próximos anos, aumentando a pressão sobre hospitais e equipes de saúde pública já sobrecarregados.

Fronteiras de imigração e aumento de gastos militares

Ao mesmo tempo, o projeto destina US$ 150 bilhões para reforçar a política de deportações em massa, incluindo US$ 45 bilhões para novas unidades de detenção e US$ 29 bilhões em contratação de agentes do Immigration and Customs Enforcement (ICE). Esse valor é mais de cinco vezes o orçamento anual da prisão federal dos EUA, refletindo o reforço de uma estratégia de repressão migratória que tem sido alvo de críticas entre defensores dos direitos humanos.

O pacote também autoriza o uso de força policial para acelerar deportações, incluindo ninjas para operações de busca e prisão, além de medidas que podem afetar imigrantes não autorizados já residentes nos Estados Unidos.

Reações e controvérsias na legislação

Deputados democratas condenaram o projeto, afirmando que ele representa uma “traição ao povo” e que favorece os mais ricos enquanto penaliza os mais vulneráveis. “Este projeto é uma afronta à dignidade humana e aos princípios de justiça social”, afirmou a líder democrata Hakeem Jeffries em discurso de quase nove horas na Câmara.

Por outro lado, o líder republicano na Câmara, Mike Johnson, celebrou a aprovação, destacando que a medida promove “um verdadeiro avanço na agenda de Trump e de seus apoiadores”.

Consequências a longo prazo e críticas à narrativa econômica

Apesar das promessas de crescimento econômico, analistas alertam que o projeto irá aumentar o déficit em cerca de US$ 3,4 trilhões ao longo de uma década, agravando a situação fiscal do país. Muitos especialistas discordam das previsões otimistas feitas pelos defensores da reforma, que afirmam que os cortes fiscais irão se pagar por si só.

O Congresso permanece dividido quanto aos impactos fiscais e sociais, enquanto organizações de direitos civis e de saúde pública alertam para os riscos de piora no acesso a serviços essenciais e na proteção dos direitos dos imigrantes.

Próximos passos e possíveis repercussões

Após a aprovação na Câmara, a lei segue para o Senado, onde especialistas avaliam que enfrentará forte resistência devido às suas implicações sociais e econômicas. Mundo afora, analistas acompanham com preocupação a trajetória de uma legislação que poderá aprofundar desigualdades já existentes nos Estados Unidos.

O impacto dessa medida será sentido por anos, com possíveis ondas de protestos e debates públicos sobre os rumos do país. Como destacou a deputada Alexandria Ocasio-Cortez, “este não é só um projeto econômico, é uma questão de moralidade e justiça social”.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes